Falta exatamente um ano para a conclusão das obras de ampliação da principal companhia do Pólo Petroquímico do Grande ABC, a PQU (Petroquímica União). A expansão, segundo representantes do setor, pode contribuir para a geração de mais de 12 mil empregos nos elos da cadeia produtiva.

Orçado em R$ 1,15 bilhão, o projeto visa o aumento de 40% na capacidade de produção de eteno (matéria-prima para a fabricação de itens com aplicações em indústrias de embalagens, cosméticos, autopeças, tintas e outros).

Originalmente marcado para o segundo trimestre de 2008, o prazo de finalização das obras foi adiado para o terceiro trimestre. Uma das justificativas foi de que houvesse uma conciliação do início da operação, ampliada, com a tradicional parada de manutenção das instalações, o que ocorre a cada seis anos.

A parada – que, juntamente com a montagem final da ampliação, já abriu 5.000 empregos temporários – está marcada para ter início no dia 22 de agosto de 2008. Como vai durar 45 dias, em outubro, a fábrica, já com maior capacidade produtiva, estará operando.

Outro motivo para o adiamento, segundo o superintendente da PQU, Rubens Approbato Júnior, é o fato de que outras centrais petroquímicas (Copesul e Braskem) programaram paradas de manutenção para meados do ano que vem. “Tínhamos mais folgas e pudemos estender”, disse.

Além disso, a mudança do prazo já leva em conta eventuais atrasos na entrega de equipamentos. Isso porque o mercado fornecedor está fortemente “demandante”, devido ao grande número de projetos de ampliação no segmento.

Approbato Júnior salienta que as obras estão a todo vapor, já com 50% do empreendimento realizado. Todos os licenciamentos ambientais já foram concedidos. O último deles foi para a obra do duto que trará gás residual da Revap (Refinaria do Vale do Paraíba), da Petrobras, a cerca de 97 km de distância até a petroquímica, em Santo André.

Polietilenos - A conclusão do projeto da Petroquímica União deverá coincidir com a da Polietilenos União, fabricante da resina plástica polietileno (matéria-prima para a fabricação de embalagens) também localizada no Pólo do Grande ABC.

As obras da Polietilenos estão mais adiantadas, com 85% pronto. Mas sua ampliação, que exige R$ 490 milhões, depende da matéria-prima adicional (200 mil toneladas anuais de eteno) a ser fornecida pela PQU.