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Ecovias tenta evitar obra em favela e comunidade faz manifestação
Por Daniela Dahrouge
Especial para o Diário
24/02/2006 | 08:39
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Um confronto envolvendo moradores de uma favela em Diadema e funcionários da Ecovias (que administra o sistema Anchieta/Imigrantes) tumultuou o bairro Mulford, quinta-feira à tarde. As casas ficam em área de concessão da empresa e devem seguir determinadas normas. Os moradores de uma das casas dizem que os funcionários foram ao local para derrubar a residência. A Ecovias nega, e diz que eles foram conversar para evitar a ampliação do imóvel. Inconformados, os moradores fizeram manifestação.

"Somos em 11 adultos e seis crianças na casa. O espaço não é suficiente para todos, e por isso estávamos fazendo a ampliação", explica Andrea Queirós dos Santos, uma das moradoras da casa que chegaria a quatro andares com a obra.

A moradora diz ainda que cinco dias antes, fiscais da Ecovias visitaram sua casa para alertar sobre a proibição de construções em terrenos nos arredores do imóvel, mas não falaram nada a respeito de obras sobre a laje. "Até perguntei se poderia construir um novo andar, e eles disseram que não havia problema nenhum", relata Andrea.

A Ecovias informou que um acordo feito em 2001 – entre a empresa e as comissões de moradores da região – não permite a invasão de novas áreas no domínio dos quilômetros 14 a 20 da Imigrantes.

A coordenadora municipal da União dos Movimentos de Moradia do Estado de São Paulo, Maria Aparecida Tijiwa (a Cida Japonesa), afirmou que não é a primeira vez que isso acontece. Ela diz que na última semana o morador de um barraco recebeu ameaça de derrubada, que só não teria ocorrido porque os moradores se mobilizaram. A Ecovias promete se reunir com representantes da comunidade hoje para discutir a questão. (Colaboração de Fabrício Calado Moreira)

(Supervisão de Cláudia Fernandes)




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