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Feriado e frio lotam Oliveira Lima
Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
17/06/2006 | 12:03
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Nem o feriado nem o frio que fez ontem afastou os consumidores do calçadão Oliveira Lima, no centro de Santo André. Todos os comércios do local abriram e muitos se surpreenderam pela movimentação atipicamente boa no centro de compras.

Isso foi latente no Torra Torra, grande loja de roupas que ontem mais parecia um formigueiro. “Surpreendeu, a gente não esperava isso”, resumiu a gerente Beatriz dos Santos Freitas. “Nós achávamos que tudo mundo iria viajar no feriado e emendar”, conta.

Pelo contrário. Os clientes aproveitaram a folga para ir às compras. “Esse movimento foi completamente diferente do resto da semana, que foi bem calma. O pessoal apareceu mais até do que um dia normal”, fala Beatriz. A gerente até compara o movimento com o do melhor dia da semana para os lojistas. “Hoje é como se fosse um sábado. Está ótimo.”

Pela movimentação ser inesperada, o Torra Torra não montou um esquema de empregados extras para lidar com os clientes adicionais. “Se tivesse mais funcionários trabalhando seria melhor, porque poderíamos atender com mais cuidado. Mas os que estão aqui estão fazendo o serviço bem feito, então não há preocupação”, conta Beatriz.

Essa eventualidade foi prevista pelo gerente da Rojan, Demétrius Alves. Logo pela manhã, ele chamou os membros da sua equipe que estavam de folga para aparecerem para o trabalho. “Moro em São Paulo e vindo para cá, vi que não havia nenhum carro nas ruas e na Anchieta, o que significa que ninguém foi viajar. Pensei: ‘esse pessoal deve estar todo em casa, e logo aparecem no calçadão’. Assim que cheguei na loja, liguei para todo mundo para vir trabalhar”, conta.

Alves conta que o movimento foi atípico e melhor do que os outros dias. “Muita gente emendou no trabalho e aproveitou para vir comprar”, explica. “Até que está se tornando comum aqui na Oliveira Lima isso acontecer. Um dia depois do feriado no meio da semana, encher de gente.”

Clima – Para a Zunken, loja de jeans e agasalhos, o frio – que muitas vezes espanta os compradores – pode ser um bom aliado. É o que espera o gerente Edilberto Muniz. “Para a gente esse clima é bom porque é nesses dias que o cliente vem comprar roupa de inverno. Se tiver uma garoa, é melhor ainda”, conta. “Ainda mais que 90% das nossas mercadorias é para o frio. E são os produtos mais caros em uma loja de roupa”, explica.

Diferentemente dos outros lojistas, porém, Muniz não sentiu tanta diferença entre hoje e outro. “Acho que está regular. Talvez até pior. Deve estar uns 70% do movimento de outra sexta-feira”, conta. “Essa semana foi difícil. Na quarta-feira teve o jogo de estréia da Seleção brasileira na Copa. Às 15h30, já não tinha mais ninguém no calçadão e tivemos de fechar cedo”, explica.




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