Política Titulo Cacique do Podemos
Márcio não quer ser candidato
em Diadema, diz Renata Abreu

Presidente nacional da sigla diz ter sendido que vontade dele é cumprir mandato na Assembleia

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/03/2020 | 07:00
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Presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu admitiu que o deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) relatou a ela que sua intenção é ficar fora da disputa pela Prefeitura de Diadema na eleição de outubro, na sucessão do prefeito Lauro Michels (PV), próximo do fim do segundo mandato no Paço.

Em entrevista ao Diário, Renata declarou que conversou com Márcio, ex-vice-prefeito de Diadema, a respeito de seu futuro político. Ela consentiu que os problemas de saúde enfrentados pelo parlamentar estadual influenciam na postura, mas que Márcio avalia que concorrer à administração diademense seria “trair” os eleitores que confiaram a ele mandato de quatro anos na Assembleia Legislativa.

Renata também comentou que a administração do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), estaria disposta a ajudar Márcio na corrida eleitoral em Diadema caso ele topasse entrar na briga sucessória, até para fortalecer o projeto governista e assim evitar retorno do PT à Prefeitura – a sigla de oposição irá lançar o ex-prefeito José de Filippi Júnior, que exerceu o posto em três oportunidades.

“Ele é um nome que unifica o grupo. O próprio governo estadual o apoiaria se ele fosse candidato. Ele unifica tudo. Mas não é a vontade dele, é o que a gente sente. Ele sente até traição com relação ao eleitor dele, que acabou de elegê-lo deputado”, ponderou a dirigente do Podemos, antigo PTN. “Se ele for candidato, quiser isso, daremos todo apoio. Mas depende dele.”

Lauro disse ao Diário, no ano passado, que o plano A era a candidatura de Márcio da Farmácia, porém o deputado mantém resistência em assumir a missão. Tanto que outros integrantes do governo têm se movimentado para liderar o grupo governista nas urnas, como a secretária de Habitação, Regina Gonçalves (PV), o presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM), e o vereador Marcos Michels (PSB), primo do prefeito.

Publicamente, Márcio ainda não descarta a candidatura majoritária, embora minimize a possibilidade de figurar nas urnas. No mês passado, comentou que apoiaria e estaria de cabeça na eleição mesmo sem ele ser o prefeiturável, um indicativo de que tende mesmo a declinar do convite. 




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