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Boato no WhatsApp gera medo e boletim de ocorrência na região

Mensagem com arma e ameaças circulou por Sto.André e Diadema

Por Caroline Garcia
do Diário do Grande ABC
16/03/2019 | 07:00
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Divulgação


Mensagem que circulou ontem em grupos de WhatsApp e no Instagram causou medo em mães e pais de alunos de escolas localizadas na Avenida Padre Anchieta, em Santo André. A publicação conta com imagem de uma arma e os dizeres “Padre Anchieta né”, “Fica esperta”, “O trem tá (sic) chegando”, “Vocês vão morre (sic)”. Devido à preocupação, houve reforço do monitoramento da GCM (Guarda Civil Municipal) quanto a PM (Polícia Militar) no bairro Jardim e foi registrado boletim de ocorrência no 4º DP (Jardim) de ameaça.

Embora as aulas nas duas unidades educacionais localizadas na Avenida Padre Anchieta – colégios Arbos e Stocco – tenham transcorrido com normalidade, as direções das instituições de ensino confirmaram a movimentação de pais em busca de informações.

“As redes sociais são boas, mas também nos traem. Elas têm poder de efeito muito rápido. Mas não podemos permitir que o medo controle nossas ações”, disse Paulo André Cia, mantenedor e diretor pedagógico da unidade Santo André do Colégio Arbos. O mantenedor afirma que a escola tem procedimentos de acesso, como porteiros e catracas, obrigatoriedade do uso de uniforme e monitoramentos por câmeras.

No Colégio Stocco, foram os próprios pais que alertaram a direção, antes do início das aulas. “Atendi mais de 20 famílias que vieram saber o que estava acontecendo. Como ficamos bem perto de estação de trem – parada Santo André da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) – e estamos situados na Avenida Padre Anchieta, embora na mensagem das redes sociais não haja menção específica sobre avenida, os pais fizeram essa ligação e ficaram preocupados”, diz o diretor Roberto Belmonte Júnior. A entrada no Stocco também é restrita por meio de carteirinha, uniformes e reconhecimento facial pelos vigilantes. “Procurei passar segurança aos pais e estimular a ideia de não entrar na onda de terror”, considera.

A mesma mensagem teria causado medo em pais e alunos na noite de quinta-feira na EE Padre Anchieta, no Jardim Anchieta, em Diadema. Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado informou que as aulas seguem normalmente. No entanto, ocorrência foi registrada na quarta-feira. Rapaz desconhecido foi identificado na escola e a polícia foi acionada.

Também há notícias da mesma fake news circulando em outras cidades, como Jundiaí, Interior de São Paulo, e Nova Andradina, Mato Grosso do Sul.

Quem cria ou até mesmo espalha notícias falsas pode ser penalizado. De acordo com Rodrigo Nejm, diretor de educação da ONG Safernet, de combate a crimes virtuais, é possível que as ações falsas sejam vistas como crimes contra a honra – calúnia, difamação, injúria – previsto no Código Penal brasileiro e ameaça. Se o autor for menor de idade, os pais são processados.




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