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Prysmian inaugura fábrica em Vila Velha
Por Anderson Amaral
Enviado a Vila Velha (ES)
07/02/2007 | 22:22
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A Prysmian Cabos e Sistemas inaugurou nesta quarta-feira em Vila Velha (ES) uma fábrica especializada na produção de cabos umbilicais hidráulicos e de energia para aplicação em exploração de petróleo em águas profundas. Com investimento de R$ 80 milhões, a unidade – que gerou 100 empregos diretos – terá produção destinada prioritariamente à Petrobras, que vai receber 70% dos cabos da planta.

Para construir a unidade, a Prysmian aterrou uma área de 20 mil m² no litoral de Vila Velha. Além disso, o canal de acesso ao local foi dragado até 12 metros de profundidade para a entrada de navios. A obra durou dez meses. À medida que são produzidos, os cabos são rebobinados no convés do navio, ancorado junto à fábrica. Do local, a embarcação segue diretamente para a plataforma.

Até a inauguração, os cabos eram produzidos na unidade da Prysmian em Santo André. O problema é que, em função de limitações logísticas, as bobinas tinham no máximo quatro metros de altura e pesavam até 100 toneladas, que era o limite permitido pelas estradas para transporte até o Porto de Vitória.

Com a nova fábrica, além da proximidade com os navios e do aumento do tamanho das bobinas, os cabos deixam de ser enviados aos pedaços. “Em função disso, há uma substancial redução de custos, não só devido ao transporte, mas também porque as emendas exigiam mais tempo nos navios”, explica o presidente da Prysmian na América do Sul, Armando Comparato Júnior.

Segundo o executivo, os 12 funcionários da produção de cabos umbilicais em Santo André tiveram papel destacado na construção da nova unidade, na medida em que participaram dos treinamentos aos trabalhadores capixabas.

A nova unidade começou a produzir em novembro passado e deve atingir a plena operação em março. Segundo Comparato, a planta é capaz de fabricar entre 200 km a 400 km de cabos umbilicais por ano. A expectativa de faturamento da nova planta é de R$ 140 milhões, dos quais 30% virão de exportações. “Nossos potenciais mercados são a costa oeste da África, sudeste da Ásia e o Golfo do México, que empregam tecnologias de extração de petróleo semelhantes às da Petrobras”, disse o executivo.

Comparato explicou que, como a produção é destinada prioritariamente à Petrobras, não está descartada a ampliação da unidade para atender à demanda externa. “Novos investimentos serão feitos com o aumento da demanda”, diz.

A Prysmian tem contrato de fornecimento para a Petrobras até o fim de 2008, no valor de US$ 70 milhões – o que justifica a construção da unidade. Além disso, a empresa mantém parceria com a Shell para o desenvolvimento de um novo cabo umbilical que também será feito em Vila Velha.

O presidente da Prysmian também não descartou a possibilidade de trazer a produção de cabos elétricos para o Estado, mas disse que não há projetos em andamento para a construção de novas unidades.

(o repórter viajou a convite da Prysmian)




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