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Meninos e Meninas de Rua leva projeto ao Exterior
Por Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
25/02/2011 | 07:05
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Referência internacional em atendimento de crianças e adolescentes em situação de rua, a organização Projeto Meninos e Meninas de Rua terá em seu coordenador, Marco Antonio da Silva, o Marquinhos, o representante da América Latina e do Caribe junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.

O coordenador da Laymic (Rede Latinoamericana e Caribenha de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Jorge Freire, esteve ontem na sede da entidade, em São Bernardo, para acertar os detalhes de como será a postura da América Latina e do Caribe no Exterior. O tema da reunião, neste ano, será meninos de rua.

"Atualmente, somos conhecidos internacionalmente pela nossa incidência em políticas públicas e metodologia de educação de rua. Vamos expor a complexidade do trabalho com essa população e mostrar conteúdos de metodologia, uma vez que têm sido exitosos na América Latina", explicou Marquinhos.

Atualmente, o continente é o que tem o maior número de rede articuladas em defesa dos direitos das crianças. O coordenador reconheceu que, mesmo assim, o Brasil ainda não é considerado um modelo no atendimento dessa população. "Para mim, país modelo é aquele que consegue erradicar ou trabalhar com um número mínimo de crianças em situação de rua."

Outra viagem internacional está na agenda: Marquinhos, uma coordenadora e uma adolescente atendida pelo programa irão ao Haiti e à República Dominicana para "prestar solidariedade ao povo haitiano e aprofundar nossas metodologias."

O coordenador citou um dos problemas daquela região, conhecido como crianças sem pátria. "Em um espaço tão pequeno quanto esses países há pelo menos 1 milhão de crianças que não têm certidão de nascimento", contabilizou. "Trata-se de famílias que saem do Haiti em busca de uma vida melhor, cujos filhos não são reconhecidos pela República Dominicana - ou seja, essas crianças ficam sem Educação e Saúde, entre outros serviços públicos."

Marquinhos explicou que o mesmo ocorre quando essas crianças tentam voltar ao país de origem. "É uma briga política entre os dois Estados, e quem sofre é quem está nascendo agora, que não tem nada a ver com isso."




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