O Instituto de Criminalística de Santo André realizou na noite de segunda-feira a reconstituição do assassinato do estudante Renato Inácio Árias, 23 anos, morto em uma tentativa de assalto quando saía da faculdade Fundação Santo André. O crime foi no último dia 24. A versão do menor que confessou o assassinato se assemelhou a de uma testemunha do crime, reforçando a hipótese de que ele realmente tenha puxado o gatilho.

A versão de Maicon Araujo Fernandes, 18 anos, o outro rapaz acusado preso pelo assassinato, foi questionada pela Polícia Científica. Os peritos passaram a maior parte do tempo da reconstituição ouvindo o jovem, mas não ficou provado que as alegações  dele teriam condições práticas de ocorrer.

A polícia suspeita que Fernandes serviu como olheiro para os assaltantes, acompanhando de longe o roubo e dando cobertura para a dupla. O jovem  negou tais acusações.

A suspeita se deve à riqueza de detalhes que Fernandes deu sobre o crime no depoimento dado quando foi preso. Na segunda, não ficou claro como ele saberia desses detalhes se não tivesse participação no roubo. Um tiro chegou a ser disparado no local do assassinato para verificar se Fernandes conseguiria ouvi-lo de onde estava – um samba comunitário ao lado da Avenida Gago Coutinho.

O perito Hélio Rodrigues Ramacciotti  deve encaminhar o resultados da reconstituição ainda nesta semana para a Polícia Civil. A polícia ainda procura por Alex dos Santos Martins, 19 anos, o terceiro jovem envolvido no assalto.

O perito Ramacciotti questionou porque a iluminação pública apenas daquele trecho da Avenida Prestes Maia estava desligada. Ele pretende averiguar se o desligamento foi causado para facilitar assaltos como o que ocorreu com o estudante Árias.