Setecidades Titulo Santo André
Sem a presença de vendedores ilegais, filas em estações da CPTM aumentam

Usuários criticam demora e afirmam que companhia tem poucos guichês

Por Nelson Donato
Especial para o Diário
20/09/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


O combate mais intensivo sobre a presença de ambulantes nas proximidades da Estação Prefeito Celso Daniel da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), no Centro de Santo André, tem conseguido acabar, temporariamente, com o mercado paralelo de venda de bilhetes na região, no entanto, a fiscalização tem agravado diretamente o tempo de espera de usuários que desejam comprar passagens nas bilheterias da parada.

Para quem utiliza os trens da CPTM, cada segundo é valioso, porque pode representar o embarque ou a espera, que varia de cinco a dez minutos. Por conta do intervalos relativamente longos entre os coletivos, muitos passageiros optavam por adquirir suas passagens junto aos ambulantes. Porém, após a denúncia feita pelo Diário no dia 5 de agosto, foram tomadas medidas mais enérgicas que até o momento erradicaram a venda não regulamentada.

Para o eletricista Antônio Maciel, 37 anos, os minutos perdidos na fila podem ser determinantes para o atraso. “Trabalho lá no Brás, então se não consigo embarcar, perco quase meia hora no tempo total, pois o trem para muito. Quem usa cartões não sabe disso, mas aquele pessoal que vendia passagem ajudava os atrasados. Quando eu via a fila muito grande ia direto comprar com eles, pois não posso me atrasar. Se pelo menos a CPTM colocasse mais funcionários nos guichês estaria melhor. As empresas fazem isso porque não é delas que descontam o salário e quem sofre com essas coisas é sempre o trabalhador.”

Mesmo com o aumento do número de passageiros, alguns guichês da estação permanecem fechados. Conforme apurado pelo Diário, no início da tarde de ontem apenas três, dos quatro, funcionavam e o tempo de espera durava, em média, três minutos. “Hoje ainda está bom. Tem dias que só tem dois ou apenas um atendente”, critica a estudante Maria Clara Vivaldi, 22 anos. “Pego o trem aqui diariamente e mesmo em horários que não são de pico tem filas grandes. Se fosse rápido igual o Metrô, tudo bem, mas se perdemos um trem temos que esperar bastante.”

Segundo a CPTM, devido à falta de moedas em circulação e a consequente dificuldade de troco, há, eventualmente, acúmulo de usuários em filas nas bilheterias durante o horário de pico na estação de Santo André. Entretanto, para evitar essas filas a companhia está realizando campanhas de orientação visando alertar os usuários sobre a importância da utilização de moedas.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;