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Terreno da Prefeitura vira lixão e inferniza vizinhança em S.Bernardo
Angela Martins
Especial para o Diário
01/06/2006 | 07:54
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Um terreno da Prefeitura de São Bernardo com aproximadamente 30 mil m², na Vila São José, torna a vida dos vizinhos um inferno há pelo menos 15 anos. Esgoto a céu aberto, lixo, entulho, ratos e perigo iminente de atropelamentos e deslizamentos de terra são alguns dos problemas que as pessoas enfrentam no local.

Desde que o bairro se formou, quem mora ao lado do terreno reclama da falta de manutenção e fiscalização do lugar. Na década de 1990, muitas casas foram erguidas na parte alta do terreno. "Corre esgoto a céu aberto que vem das casas irregulares que foram construídas no alto do morro há muitos anos. Nos dias de calor, o cheiro é insuportável", diz Antônio Ferreira, 64 anos, aposentado.

A falta de fiscalização no bairro fez com que muitas pessoas construíssem casas de alvenaria em área de risco. Segundo os moradores, em 1995, um deslizamento de terra ocorrido por uma forte chuva causou a morte de uma mulher e uma criança. Em 1999, o cenário se repetiu, mas não houve vítimas fatais. "Como não tem fiscalização da Prefeitura impedindo as construções em áreas de risco, temos medo que outras pessoas morram", denuncia o segurança Milton Mistrão, 57 anos.

O mato alto que cobre todo o terreno é um chamariz para o acúmulo de lixo e entulho. Mesmo com uma caçamba de lixo na frente do lugar, muitas pessoas preferem jogar o lixo no meio do mato. "O povo não respeita e joga lixo em qualquer lugar. Isso acaba atraindo ratos", revolta-se Mistrão. De acordo com os moradores, a Prefeitura chegou a desratizar o local algumas vezes, mas há meses não aparece no bairro.

Outra preocupação é com os pedestres que utilizam a rua Jesus de Nazareth, onde fica o terreno. Usada como rota por quatro linhas de ônibus municipais, é estreita e cheia de curvas acentuadas. No trecho em que o terreno está localizado, não há calçada. "Isso é um perigo, qualquer hora um ônibus vai matar alguém, porque não há lugar onde passar com segurança", alerta Antônio Jacinto, 51 anos, aposentado. Para acabar com o risco de atropelamento, os moradores exigem a construção de calçada e um muro para impedir pessoas que joguem lixo no terreno.

A Secretaria de Serviços Urbanos informou que enviará um técnico no local para verificar a necessidade de serviços e obras no terreno. (Supervisão de Artur Rodrigues)




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