Má-formação congênita ou pós-natal que acomete fetos e crianças...
Má-formação congênita ou pós-natal que acomete fetos e crianças, com característica de perímetro cefálico inferior a sua idade cronológica ou gestacional.
A microcefalia, por si só, não significa que ocorram alterações mentais ou motoras. Os menores com perímetro cefálico abaixo da média podem ser cognitivamente normais, sobretudo se a doença for de origem familiar.
Mas, na maioria dos casos, é acompanhada de alterações que variam de acordo com o grau do acometimento cerebral, geralmente apresentando atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, com acometimento motor e cognitivo (em 90% dos casos) e, às vezes, nas funções sensitivas da audição e visão.
PODE SER CLASSIFICADA EM:
Congênita ou primária – quando está presente no nascimento.
Pós-natal ou secundária – falha do crescimento normal do perímetro cefálico após o nascimento.
FATORES DE RISCO:
- Síndromes genéticas e anomalias cromossômicas.
- Fechamento prematuro das moleiras e das suturas entre as placas ósseas do crânio
- Tabagismo
- Alcoolismo
- Uso de drogas
- Medicamentos
- Rubéola
- Toxoplasmose
- Herpes zoster
- Varicela
- Citomegalovírus
- Zika vírus
- Irradiação
- Desnutrição da mãe
- Má-formação placentária
- Hipóxia neonatal
- Trauma cranioencefálico
Sinais e Sintomas:
- Cabeça significativamente menor que a cabeça de outras crianças do mesmo sexo e idade.
- Perímetro craniano menor que 33 centímetros ao nascer ou menor de 42 centímetros ao completar 1 ano e 3 meses e inferior a 45 centímetros depois dos 10 anos.
- O cérebro das crianças portadoras de microcefalia geralmente apresenta partes lisas, em vez de saliências e reentrâncias que lhe conferem a aparência de uma noz.
- Deficit cognitivo grave.
- Comprometimento visual, auditivo e da fala.
- Hiperatividade.
- Baixo peso e estatura.
- Convulsões.
O diagnóstico é realizado durante a gestação nos exames pré-natais, na avaliação clínica de rotina dos recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida. A medida da circunferência da cabeça é relacionada aos dados que constam das tabelas de crescimento padrão para as crianças do mesmo sexo e idade.
Podem ser realizados exames complementares de raio X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mapeamento ósseo e testes laboratoriais.
SAIBA MAIS:
- O acompanhamento pré-natal deve começar antes de a mulher engravidar para avaliar a saúde dos pais.
- Siga as orientações do ginecologista obstetra durante o pré-natal. Procure-o sempre que apresentar febre, alergias ou sintomas que possam ser confundidos com os da gripe e resfriado.
- Evite o uso de álcool, cigarro e drogas durante a gravidez.
- Evite criadouros do mosquito Aedes aegypti. O inseto pode transmitir doenças como a dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
- Recomenda-se às gestantes o uso de mosquiteiros, telas nas janelas e portas, roupas leves e de pernas e mangas compridas, além de uso de repelentes próprios para grávidas.
- A microcefalia não tem cura.
- O desenvolvimento do bebê deve ser acompanhado mensalmente pelo pediatra.
- A gravidade da condição pode variar de uma criança para outra e é mais frequente no sexo masculino.
- O principal objetivo é controlar as complicações, estimular o desenvolvimento de habilidades e garantir melhor qualidade de vida para os portadores da má-formação.
- Procure um médico.
Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br
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