O dólar comercial voltou a ignorar os leilões do Banco Central, tanto o de ‘swap’ cambial reverso como no mercado à vista, e fechou a sessão desta quarta-feira em queda de 1,72%, cotado a R$ 2,289 na compra e a R$ 2,291. A desvalorização da moeda foi influenciada pela possível entrada de recursos externos no país e pelo anúncio do Fed (Federal Reserve – banco central americano), sinalizando o fim da alta dos juros nos Estados Unidos.

A maioria dos integrantes do comitê de política monetária do Fed considerou, em sua última reunião realizada no dia 13 de dezembro, que já não haverá necessidade de várias altas de taxas de juros, segundo a ata da sessão, publicada nesta terça-feira. O Fed elevou sua taxa básica para 4,25% em dezembro, na 13ª alta consecutiva desde junho de 2004, quando a taxa estava em 1%. Segundo a grande maioria dos membros do Fed, as "futuras medidas dependerão de novos dados econômicos".

O Banco Central realizou nesta quarta mais um leilão de ‘swap’ reverso, vendendo 8,6 mil dos 8,8 mil contratos oferecidos — rendimento de US$ 409 milhões. Já no mercado à vista, a instituição aceitou 19 propostas e pagou R$ 2,2970.

Outra notícia que favoreceu a queda do dólar nesta quarta-feira foi a inflação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, que acumulou 4,53% em 2005. Foi o menor resultado desde 2000, quando a taxa ficou em 4,38%.

O risco-país - que mede a desconfiança do investidor estrangeiro no país – fechou esta quarta-feira com o menor nível já registrado pelo banco JP Morgan, em 291 pontos. A queda também foi influenciada pelo anúncio do Fed.