O futuro do PSB de Diadema coloca frente a frente forças entre dois históricos filiados da legenda na cidade: o atual presidente municipal, Manoel José da Silva, o Adelson, e o vereador Célio Boi. A executiva estadual, presidida pelo vice-governador Márcio França, vai decidir no dia 10 se aceita o pedido de alteração do corpo diretivo diademense.

Insatisfeito com o posicionamento liderado por Adelson – anunciou apoio à reeleição do prefeito Lauro Michels (PV) –, Boi entrou com pedido de intervenção no diretório estadual no dia 14, solicitando sua alçada à presidência da sigla, buscando garantir assim candidatura própria ao Paço em 2016, representada pelo vereador Vaguinho do Conselho.
Diante do impasse, executiva socialista enviou comunicado exigindo que os correligionários entrem em consenso interno.

Contudo, no dia 10, se expira o prazo de comissão provisória do atual quadro diretivo da legenda, chefiado por Adelson.
“Cabe apenas aguardar até o dia e ver. Se o diretório aceitar, vamos trabalhar para fazer o melhor para o partido”, afirmou Boi, limitando fazer projeções quanto ao seu pedido protocolado.

Já Adelson destacou que confia que terá seu mandato renovado pela executiva. O socialista evitou criticar colega de legenda, ressaltando que iniciou trabalho em torno da união partidária.
“Começamos a conversar e eu, há muito tempo, foco minhas ações no fortalecimento do diretório. Tenho certeza que vou conseguir.”

O atual líder socialista em Diadema voltou a enfatizar sua pretensão em apoiar a reeleição de Lauro na eleição do ano que vem, em detrimento à candidatura de Vaguinho de Conselho.

“O espelho hoje no PSB aponta para uma maioria que quer uma caminhada junto com o prefeito. Respeito o Vaguinho e qualquer um que queira pleitear, que tenha vontade de concorrer. Cabe então se organizar e buscar a maioria da militância até o momento das convenções, em junho de 2016”, expressou.

Após anunciar que tentaria voo solo à Prefeitura de Diadema, Adelson recuou e voltou a fazer discurso favorável a Lauro, menos de um ano após rompimento político.