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Moradores criticam obra de passarela
Por Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
30/04/2011 | 07:07
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"Acabou nosso sossego." É assim que os moradores dos bairros do entorno do Trecho Sul do Rodoanel, em Santo André, resumem a vida que levam depois que o complexo foi inaugurado. Moradores do bairro Clube de Campo reclamam que, além da poeira e das rachaduras nas casas por conta das máquinas pesadas usadas na construção, agora eles não dormem com o barulho dos caminhões que transitam na via.

Como o bairro atualmente está separado em duas partes pela rodovia, para chegar ao outro lado os moradores costumam ir por baixo da via, por meio de uma alça construída para a passagem de carros. É ali também que está situado o ponto de ônibus mais próximo.

Na noite de hoje e início da manhã de amanhã as proximidades entre o Km 83 e o Km 84 do Rodoanel ficarão interditadas para lançamento das duas últimas vigas da construção de uma passarela que ligará as duas partes do bairro. Segundo trabalhadores da obra ouvidos pela equipe do Diário, o serviço deverá ser concluído dentro de aproximadamente dois meses.

Para os moradores, a passarela não deve amenizar em quase nada suas dificuldades atuais. Por ser um trecho mal iluminado e que deverá ficar encoberto pelos morros da margem da pista, os moradores continuarão optando pela passagem por baixo da rodovia, porque acreditam que a parte superior deverá ser mal iluminada e insegura. "Pelo menos ali (por baixo da pista) tem movimentação de carros até tarde da noite", comentou o vigilante Ubiratan Coutinho, 28 anos.

O diretor executivo da SPMar, concessionária que trabalhará com a Dersa na construção da passarela, Marcelo Afonseca, disse que a obra deverá seguir um padrão e, por isso, contar apenas com grades de proteção. Não estão previstos no projeto postes de iluminação.

"Vai ser mais um ponto de encontro de usuários de drogas", opinou uma moradora do bairro.

EXEMPLO
O SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) possui 60 passarelas nos 177 quilômetros de extensão. Em 2010, a concessionária registrou 82 atropelamentos em todo o SAI, resultando em 24 mortes. Nesses três primeiros meses do ano, foram dez atropelamentos com quatro mortes. "As ocorrências acontecem nas proximidades da zona urbana, sendo boa parte delas a menos de 200 metros de uma passarela", informou a Ecovias.




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