Política Titulo Linha 18 do Metrô
Comissão de Transportes convoca consórcio para explicar desapropriação

Empresa evita detalhar impacto de obras às famílias atingidas no trajeto

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/11/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa aprovou ontem convocação de representante do Consórcio ABC Integrado, responsável pela obra da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra) do Metrô, para se explicar sobre falta de detalhamento do projeto às famílias que serão impactadas diretamente com o canteiro. O trajeto sairá pela primeira vez da Capital, passando por Santo André, São Bernardo e São Caetano.

Moradores procuraram deputados estaduais acusando o grupo Primav (do qual fazem parte a empreiteira CR Almeida e a EcoRodovias) e as construtoras Cowan, Encalso e Benito Roggio, integrantes do bloco, de terem apenas disponibilizado panfleto com telefone para contato, sem especificar como será feito o processo de desapropriação de terreno, prazos e compensações financeiras aos atingidos.

Presidente da comissão na Assembleia, Orlando Morando (PSDB) cobrou “respeito” às famílias que terão suas rotinas alteradas com a obra. “Ninguém tem dúvida que a Linha 18 trará grande avanço à região, mas seu andamento precisa ser feito com respeito. Do jeito que fizeram, foi de forma errada e desrespeitosa”, reclamou o tucano. A convocação foi aprovada por unanimidade.

Ainda não há data estipulada para ouvir representante do Consórcio ABC Integrado. “Queremos que seja antes do recesso parlamentar”, adiantou Orlando Morando.

O EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) presente no edital da PPP (Parceria Público-Privada) da Linha 18 prevê retirada de cerca de 200 mil metros quadrados de propriedades, divididas em 17 blocos.

O governo estadual trabalha com possibilidade de instalação de canteiros de obras ainda neste ano, com previsão de entrega do projeto em 36 meses. Com modal de monotrilho, a Linha 18 custará R$ 4,26 bilhões, sendo R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder público (repartido entre Estado e União), R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada, além de R$ 407 milhões para as desapropriações, que virão diretamente dos cofres do Palácio dos Bandeirantes. 




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