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Deep Purple esbanja energia em São Paulo

Liderado pelo cantor Ian Gillan, veterano grupo britânico de rock apresentou canções como Lazy, Hard Lovin' Man e Hell To Pay no palco do Espaço das Américas, na terça

Por Gustavo Cipriano
13/11/2014 | 07:00
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Ronaldo Chavenco/Divulgação


Surpreendentemente, os membros do Deep Purple não tocaram para uma plateia lotada na noite da última terça-feira (11) no Espaço das Américas, em São Paulo. Diversas cadeiras vazias geraram estranheza no show de uma banda tão aclamada.

A apresentação, porém, não foi abalada nem um segundo pelo público reduzido. Ian Gillan (voz), Roger Glover (contrabaixo), Ian Paice (baterista e integrante fundador), Steve Morse (guitarra) e Don Airey (teclado) trouxeram o seu velho e bom improviso de maneira única para o palco paulistano. Canções como Lazy, Hard Lovin' Man e Hell To Pay abusaram da técnica de seus criadores e deram origem a um som visceral e ao mesmo arrepiante.

É verdade que Gillan não estava em sua melhor noite. Teve altos e baixos em seu vocal, mas sempre com capacidade de, de vezes em quando, soltar um agudo, ou mesmo um grave rouco, que levasse todos ao delírio. Na setlist, a canção mais marcante da noite foi sem dúvida Contact Lost. Uma das mais belas canções do grupo britânico foi responsável por um momento que parecia transcender as paredes da casa de shows, com Morse tocando divinamente e com muito sentimento a sua Music Man.

O guitarrista, aliás, junto com Airey e seus teclados foram os destaques. Mostraram virtuosismo e 'feeling' de alto nível, com apresentações quase impecáveis. O único porém foi que seus instrumentos pareciam um pouco desregulados quando a nota mais aguda era atingida. Mesmo assim, todos no local ficaram de pé desde o início de Perfect Strangers, na metade da apresentação. Porém, apesar da empolgação da maioria, a faixa não se mostrou de grande qualidade. Tanto esta quanto Space Truckin arrancaram gritos, mas não são as maiores inspirações do Purple.

É claro que não podiam ter faltados os mais conhecidos riffs do rock'n'roll mundial. Smoke On The Water veio logo antes do Bis e foi muito bem executada, ao som do coro conjunto do público. Na volta da parada, veio Hush, cover de Billy Joe Royal, seguida de um solo de baixo de Roger Glover, que mostrou a experiência e técnica de sempre, mesmo em alguns momento encoberto pelo som da guitarra e bateria. O belo hit Black Night foi escolhido para finalizar, fazendo com que todos fossem embora querendo mais.




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