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Homem tenta matar a mulher a facadas e é preso em Diadema

Agressor disse à polícia ter premeditado o crime e que já estava preparado para fugir do município e levar junto a filha de 7 anos

Bia Moço
07/09/2019 | 07:00
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A equipe do 24º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Diadema prendeu, na manhã de ontem, Deivid Paulino Silva Faria, 34 anos, por tentativa de feminicídio contra sua mulher, Joice Rocha Martins, 26. O agressor contou à polícia que premeditou crime e fuga. A vítima foi esfaqueada – foram 15 golpes –, socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada ao Hospital Estadual Serraria, onde passou por cirurgia.

De acordo com a polícia, durante patrulhamento na Avenida Alda, na região central do município, a equipe encontrou Joice esfaqueada na região do tórax, abdômen, braços e pernas. A vítima estava caída na via e, ao seu lado, tinha uma faca de aproximadamente 40 centímetros.

Testemunhas apontaram na direção de um veículo modelo Chevrolet Celta, de cor prata, que estava saindo do local no mesmo momento, porém, já distante. Diante da gravidade dos ferimentos, os policiais decidiram socorrer Joice e, de imediato, informaram via rádio o sentido da fuga do agressor.

Conversando com a vítima durante o socorro para que se mantivesse consciente, ela informou aos PMs que seu marido a tinha esfaqueado e fugido com sua filha, de 7 anos. As equipes da 3ª Companhia foram em busca do veículo e, em poucos minutos, avistaram um homem deixando o carro informado, na Rua das Orquídeas, altura do número 409, no bairro Eldorado.

Os policiais abordaram o homem, que estava com a filha e, ao revistarem o veículo, encontraram malas com roupas e documentos falsos. Faria confessou que tinha premeditado o feminicídio por motivos passionais e, naquele momento, estava fugindo. Ele foi levado para o 4º DP (Eldorado).

O criminoso é educador físico e já trabalhou como preparador da escolinha do Água Santa, time de futebol da cidade. O Diário apurou que atualmente Faria trabalhava em academia como personal. Questionada sobre o estado de saúde da vítima, a Secretaria de Estado da Saúde não se manifestou até o fechamento desta edição.

EM 2019

Neste ano, o Grande ABC registrou oito casos de feminicídio. Vale lembrar que, entre 2016 e 2018, o número de crimes aumentou 33%, passando de 24 para 32 casos na região, conforme reportagem publicada pelo Diário. Na ocasião, especialista destacou que este é um problema social “enraizado no machismo”.

Dos casos, três foram em Santo André, dois em São Bernardo, dois em Mauá e um em São Caetano. O crime foi incluído no Código Penal em 2015 e prevê pena de até 30 anos de reclusão para os praticantes. A nomenclatura é aplicada quando o assassinato acontece pelo fato de a vítima ser mulher, seja no âmbito de violência doméstica ou de gênero.




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