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Sabina Parque Escola completa 12 anos

Laboratório experimental e pedagógico, equipamento recebeu 130 mil pessoas em 2018; sessão especial do planetário reproduz céu do dia da inauguração

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
17/02/2019 | 07:00
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DGABC


 A assistente judiciário Vivian Navarro tinha 16 anos quando foi, em uma excursão de escola, à Sabina Escola Parque do Conhecimento, na Vila Eldízia, em Santo André pela primeira vez. “Os diversos experimentos, acompanhados das pessoas que estavam demonstrando e explicando, fizeram ser um passeio incrível”, afirma. “Lembro muito de um espaço que tinha uma série de utensílios dispostos de maneira a produzir sons, um grande instrumento musical. Além do planetário, do relógio solar e da parte dos animais, principalmente os pinguins. Tenho 27 anos e esse passeio ocorreu há mais de dez anos, mas não esqueci”, relembra.

A munícipe revela que, apesar de ter escolhido como profissão o Direito, “área completamente oposta às ciências exatas”, sempre se encantou com experimentos científicos. “Lembro que adorei as experiências com luz, a composição, fragmentando nas três cores básicas, e espelhos, distorção de imagens, tenho essa memória muito viva”, conclui. Vivian é uma entre milhares de visitantes que já foram ao parque, que completou 12 anos de existência no último dia 11 de fevereiro. Em 2018, o equipamento registrou o seu maior público da história, atingindo a marca de 130 mil pessoas atendidas. Apenas em janeiro deste ano, foram 20 mil visitantes.

“O parque vem, ao longo dos anos, firmando sua vocação de ser um laboratório experimental e pedagógico dentro de um escopo de centro de ciência”, explica a coordenadora do equipamento, Ana Paula Rezende Leão. Em 11 mil metros quadrados, adultos e crianças – são cerca de 5.000 alunos recebidos por mês – podem conferir o planetário (cuja entrada é paga à parte do ingresso), três simuladores, que propiciam viagens e imersões ao corpo humano, a eventos naturais, como terremotos e furacões, além de um sobrevoo sobre a Mata Atlântica e a “entrada” na Laje de Santos, um costão rochoso do Litoral paulista.

Os frequentadores conseguem visitar também o jardim sensorial, a sala da vida, com o setor de paleontologia (com réplicas de dinossauros, como um Tyranossauro Rex de 128 metros de comprimento, e um Ceratossauro robô animatrônico em tamanho natural, que se movimenta e emite sons) e três aquários, o pinguinário – que tem 35 espécimes, sete deles nascidos em 2019, uma mini-cidade e o piso de ciência e tecnologia.

Para os alunos que participam das excursões, há opção de aula exploratória, por todos os espaços, ou visitas focadas de acordo com o conteúdo que o professor quer abordar com a turma. Há também formações e cursos para os professores da rede municipal, como preparação para a Olimpíada Brasileira de Astronomia, por exemplo. “Nestes 12 anos, fomos fazendo ajustes, acrescentando atrações e, agora, já estamos pensando em novas atividades, reformulação de espaços. É importante lembrar que, de novembro de 2016 a abril de 2018, a Sabina esteve fechada, mas, desde que foi reaberta, segue com as atividades a todo vapor”, completa Ana Paula.

Planetário reproduz céu da inauguração

Para comemorar os 12 anos da Sabina Escola Parque do Conhecimento, na Vila Eldízia, em Santo André, o planetário fará sessão especial criada para a ocasião. A apresentação permitirá ao visitante saber como estavam as estrelas no céu da cidade no dia da inauguração do espaço, em 11 de fevereiro de 2007.

“Nesta sessão, será possível ver, sem nenhuma poluição luminosa, verificar como estava o céu, com todas as estrelas e constelações, daquela noite. A luz produzida pelas cidades faz com que as estrelas fiquem bem menos nítidas e, algumas, nem é possível chegar a ver. Isso torna o espetáculo muito mais bonito”, explicou o coordenador técnico do planetário, Luiz Cláudio Pereira. A viagem no tempo até a noite de inauguração da Sabina vai acontecer hoje, às 15h.




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