O Saúde em Casa foi lançado pela Prefeitura em 2001 e até meados do ano passado contava com seis equipes, quando um convênio firmado com o Ministério da Saúde possibilitou a ampliação dos atendimentos. De acordo com a socióloga Maria de Fátima Queiroz, que coordena o programa, o número de equipes chegará a 34 em julho e deve dobrar até o final de 2005.
“Recebemos R$ 3 milhões do Proesf (Programa de Expansão da Saúde da Família) e a maioria dos recursos são investidos na compra de material permanente, como equipamentos hospitalares, por exemplo. Apesar do subsídio, a Prefeitura banca 90% do programa”, afirmou a coordenadora.
Cada equipe é formada por um médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e por seis agentes comunitários, moradores do próprio bairro atendido e que fazem uma espécie de ronda da saúde. São eles que identificam os problemas apresentados por cada família, encaminham para consultas e depois acompanham o tratamento, além de realizar os trabalhos de prevenção e manter o histórico dos casos sempre atualizado.
Segundo a coordenadora, a proximidade entre as equipes e os moradores é a responsável pelo sucesso do programa. Maria de Fátima diz que o programa conseguiu mudar os indicadores de saúde em Diadema. Ela cita o exemplo do bairro Piraporinha. Ali, de cada cem moradores que dão entrada na UBS (Unidade Básica de Sáude), só oito precisam ser encaminhados para consulta com alguns especialista.
“O nosso maior desafio é diminuir ao máximo o encaminhamento para as especialidades. Quando o mesmo médico cuida da família inteira e faz o trabalho de prevenção, fica mais fácil”, disse.
A moradora da Vila Paulina, Gesemeire dos Santos, diz que o trabalho dos agentes é “ótimo”. Ela tem uma filha de 2 anos e está grávida de três meses. “Eles passam sempre na minha casa para saber como estou. Me encaminham para o pré-natal e minha filha está com as vacinas todas em dia”, elogiou.
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