Economia Titulo Alimentos
Preço da cesta básica na região cai 1,80%
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
14/05/2010 | 07:00
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O preço da cesta básica no Grande ABC registra queda na segunda semana consecutiva após quatro meses de intensa aceleração, a maior dos últimos dez anos, segundo estimativas da Craisa (Companhia de Abastecimento de Santo André). Para semana de 10 a 16 de maio, o valor médio ficou em R$ 347,75. Isso significa que o consumidor pode economizar nas compras R$ 6,38 em relação à semana passada.

Durante a semana, dos 34 produtos pesquisados, 17 registraram altas, contra 13 que apresentaram queda e outros quatro, cujos preços não sofreram alteração. Entre as principais aumentos do período estão o pacote de macarrão espaguete de 500 gramas (13,99%), a embalagem de cinco do arroz agulhinha tipo 1 (8,13%), o quilo do sal refinado (7,96%) e a lata de 350 gramas do extrato de tomate (5,98%).

"No caso do arroz, a expectativa é que o preço fosse reajustado apenas no segundo semestre. Ao contrário do varejo, o produto vendido no atacado está com cotação em queda", comenta o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto.

Movimento contrário é percebido entre os hortigranjeiros, que apresentaram redução de 6,25% nesta semana. A explicação é que o período de chuva intensa cessou e a temperatura não sofreu grande queda. De vilão, o tomate passou a mocinho, pois o custo do quilo ficou 25,97% menor nos supermercados da região. Benedetto diz que as pessoas estão substituindo o tomate por outros itens, forçando o valor a desacelerar.

Seguindo a mesma tendência estão o quilo da banana (-11,38%), o pacote de um quilo do feijão-carioca (-11,14%) e a unidade da alface (-8,39%). Outros produtos com preços mais competitivos nas gôndolas são a farinha de trigo especial (-1,12) e o sabão em barra de 200 gramas na embalagem com cinco unidades (-4,49%).

O engenheiro pontua que se esta tendência permanecer, possivelmente maio será o primeiro mês do ano a encerrar com desaceleração no valor da cesta básica. O preço tem como referência uma família com dois adultos e duas crianças.

"O quilo do feijão está ficando barato, pois os produtores estão escoando a produção, mesmo com a cotação baixa. Se ficar muito tempo estocado, o grão fica velho, não é igual ao arroz", diz.




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