Economia Titulo Arroz e feijão
Impostos diversos encarecem alimentos em cerca de 15%
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
27/05/2009 | 07:00
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A quantidade de impostos que são agregados quando compramos um produto faz ele encarecer, e muito. Como é o caso dos alimentos. Itens básicos na mesa dos brasileiros, a dupla arroz e feijão, têm 15,34% de impostos embutidos em seus preços, de acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

O pacote de 5 quilos de arroz, que segundo o último levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), está sendo vendido, em média, a R$ 8,06 na região, ficaria R$ 1,23 mais barato se não fossem os impostos.

Para o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, nesse cenário de crise, é preciso que haja urgentemente a desoneração da carga tributária, que chega a 38% do PIB (Produto Interno Bruto) para que haja a retomada do mercado interno, já que as exportações têm sido afetadas pela recessão global.

Ele avalia que seria importante a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para "todos os outros setores".

Em relação à necessidade de haver uma Reforma Tributária, Skaf é incisivo: "Não dá tempo, é preciso agora reduzir ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI para aumentar as vendas e gerar empregos e arrecadação".

"Se o volume de impostos que incidem sobre o preço de cada produto fosse reduzido, com certeza, os preços dos itens repassados aos consumidores também seriam menores", avaliou o presidente da Coop (Cooperativa de Consumo), com matriz em Santo André, Antonio José Monte.

Para ele o problema não é o imposto em si, mais sim, a quantidade de tributos cobrados. "Um País não vive sem impostos. Porém, reduzir a carga para movimentar ainda mais a economia, isso sim, é possível". Monte apontou como exemplo a redução do IPI para itens da linha branca. "Quando os preços da maquina de lavar, do fogão e dos outros itens caíram, claro que aumentamos as vendas". A advogada tributarista do IBPT, Letícia do Amaral, explicou que, o que poderia ser feito seria a redução das alíquotas. "Os impostos que incidem sobre os itens são altos, pois se somam em três momentos: na hora da venda (IPI, Pis, Cofins, ICMS); sobre o lucro das empresas que fabricam o produto e quando incidem na folha de pagamento dos funcionários da empresa. Tudo isso é repassado ao consumidor".

 (Colaborou Leone Farias)




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