Setecidades Titulo Saúde
Pronto-socorros e UPAs da região atendem 7% de pacientes de fora

Média é considerada aceitável por
Consórcio, mas exige cautela

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
20/05/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Unidades de Saúde da região que atendem urgência e emergência recebem mensalmente, em média, 7% de pacientes de fora dos municípios onde estão localizadas. A média é considerada “aceitável” pelo coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Saúde do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte. Mas exige cautela e precisa ser analisada conforme a complexidade do atendimento fornecido na unidade.

Em Santo André, o número de pacientes de fora da cidade atendidos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e PAs (Pronto Atendimentos) fica entre 4% e 5% dos 55 mil pacientes atendidos mensalmente. Já no CHM (Centro Hospitalar Municipal), que atende casos mais graves e com períodos maiores de internação, a média chega a 10% das 176 mil pessoas que procuram o serviço.

“Uma coisa é atender somente casos como gripes e resfriados, por exemplo, nos quais a pessoa passa pela consulta, é medicada e vai para casa. Outra coisa é o CHM, onde se exige maior tempo de internação e, consequentemente, ocupa-se o leito e a equipe médica”, destaca Homero.

Para ele, a proximidade e a facilidade de deslocamento podem explicar a alta demanda de pacientes oriundos de outras cidades nos prontos-socorros da região.

“No PA Bangu, por exemplo, que está próximo à divisa com São Matheus (bairro da Capital), cerca de 20% dos pacientes vêm de São Paulo.” Lá, é atendida média de 11 mil pessoas por mês.

O mesmo ocorre com o Hospital Albert Sabin que, conforme o Diário publicou no dia 30 de março, atende 52% de moradores da Capital, do total de cerca de 900 pacientes. “Neste caso, a baixa complexidade dos atendimentos minimiza o problema”, afirma Homero.

Nos demais municípios, a situação é semelhante. Em São Bernardo, 11 unidades de urgência e emergência atendem, em média, 4,5% de pacientes de Diadema, 2,2% de Santo André, 0,9% da Capital, além de pequena porcentagem de outros municípios.

Em 2013, foram registrados no Hospital Municipal de Diadema cerca de 17,4 mil atendimentos ambulatoriais mensais. Os pacientes moradores da cidade representam 88,8% do total.

Na UPA Santa Luzia, em Ribeirão Pires, cerca de 8,5% das 10 mil pessoas atendidas mensalmente são de moradores de outros municípios da região do Grande ABC. Suzano representa 4,5% dos pacientes recebidos na unidade.

Homero faz questão de frisar ainda que o fato de ter pacientes de fora não pode ser usado como desculpa para o gestor municipal. “Muitos se apoiam nisto para esconder outras deficiências no atendimento ao público. No percentual em que está, o morador de fora da cidade atendido na emergência não é a causa da superlotação ou da falta de qualidade no serviço prestado”, considera.
 




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