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Radialistas pode se tornar bairro
Por Ísis Mastromano Correia
Especial para o Diário
04/07/2007 | 07:20
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O Conjunto Habitacional dos Radialistas pode se tornar o mais novo bairro de São Caetano. Hoje, localizado no coração do bairro São José, o residencial abriga pelo menos 5 mil pessoas.

Se a idéia for aprovada, o Radialistas será o 16º bairro da cidade.

Por enquanto, o plano engatinha juntamente com as discussões entre moradores e Prefeitura, mas para os remanescentes da época em que o condomínio fazia jus ao nome – foi originalmente concebido para abrigar associados de uma cooperativa de radialistas –, a transformação em bairro seria a realização de um sonho.

“Desde a construção dos prédios lutavamos por isso”, diz o presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Radialistas, Raimundo Vlazemir Bastos, morador do residencial há 20 anos.

De acordo com Bastos, um dos principais motivos para que o conjunto seja transformado em bairro é o fato da difícil identificação do local, até mesmo pelos Correios.

“Muitas das cartas se dispersam e a entrega de encomendas pelo comércio ainda é complicada”, diz.

Os moradores acreditam que o condomínio acabou se perdendo no emaranhado de três bairros – Cerâmica, Mauá e Oswaldo Cruz, que ficam em torno do São José.

Contudo, ainda não se sabe ao certo como o novo bairro poderá ser formado. A Prefeitura pretende estudar os impactos de sua formação. Além dos 76 prédios, outras casas poderão ser agregadas.

“Acho que não mudará muita coisa se aqui virar bairro”, opina a operadora de telemarketing Patricia Teixeira. “Do jeito que é, está de bom tamanho”, completa.

De fato, todos no conjunto habitacional estão bem servidos. Há bancos, escolas, posto itinerante da Guarda Municipal, linhas municipais de ônibus, comércios e até um Centro da Terceira Idade nas proximidades do condomínio.

“Acredito que se o novo bairro for feito, outros empreendimentos serão atraídos e isso, claro, iria nos beneficiar”, conclui a síndica de um dos condomínios, Marieta Vidalsalvi Mason.

O aposentado José Alves da Silva também é do time dos que vêem com bons olhos a mudança.

“Só não sei se os moradores do São José ficarão enciumados”, brinca. “De qualqer maneira, esta é uma forma de a administração prestar mais atenção às nossas reivindicações”, diz.



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