A Duma - câmara baixa do parlamento russo - aprovou nesta sexta-feira a lei que substitui o feriado de 7 de novembro, dia da revolução de 1917, pelo Dia da Unidade do Povo, em 4 de novembro, para celebrar o fim do ‘tempo agitado’ na Rússia, em 1612.

Os deputados aprovaram o texto, em segundo e terceiro turnos, por 327 votos contra 104, além de duas abstenções. O texto precisa ser aprovado pelo Conselho da Federação (câmara alta) antes de entrar em vigor.

Os comunistas, contrários à lei que "divide a sociedade" - segundo o líder Guennadi Ziuganov -, e uma parte dos deputados nacionalistas de esquerda tentaram, em vão, se opor ao projeto.

A lei estabelece uma reorganização do calendário de feriados na Rússia. O Dia da Constituição (12 de dezembro), instituído durante a presidência de Boris Yelsin, também foi suprimido, assim como o feriado de 2 de maio, deixando o Dia do Trabalho apenas para o primeiro dia do mês.

O dia 7 de novembro, principal festa política da época soviética (que corresponde ao 25 de outubro de 1917 no antigo calendário juliano), havia sido mantido como feriado depois do fim do comunismo. No entanto, no governo de Yelsin foi batizado como ‘Dia do Acordo e da Reconciliação’.

Em 4 de novembro se comemora a expulsão da Rússia dos invasores poloneses que haviam ocupado o Kremlin durante vários meses. O feriado é apoiado pela Igreja Ortodoxa Russa.