Costa Leite, 53 anos, que colocou seus sigilos fiscal e telefônico à disposição das autoridades, evita falar sobre esse período de sua vida. “A partir de certo momento em minha carreira optei por não divulgar esses fatos por não julga-los importantes”, declarou à revista.
Como instrutor, de acordo com a reportagem, Costa Leite ensinava técnicas de análise de informação aos espiões. Ele não chegou a fazer parte de interrogatórios e a participar de operações de busca ou prisões dos chamados adversários do regime, mas orientava os que executavam esse tipo de serviço.
Durante o governo Figueiredo, o advogado foi promovido a assessor jurídico do ministro-chefe do SNI, general Octávio Aguiar de Medeiros. A informação foi confirmada pelo general Newton Cruz, que foi chefe da Agência Central do SNI.
Ainda segundo a revista, no período em que o candidato a vice de Garotinho esteve no SNI, ocorreu o aniquilamento de organizações armadas, como a guerrilha do Araguaia. Também foi nesta época que o jornalista Wladimir Herzog foi morto numa cela do Dói-Codi, em São Paulo.
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