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Ambulâncias de Mauá seguem sem manutenção

Funcionários relatam que apenas quatro veículos prestam assistência a 618 mil pessoas

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
27/12/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Pouco mais de um mês após o Diário denunciar a falta de ambulâncias no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Mauá para atender a população da cidade, de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o problema persiste. Profissionais afirmaram que pelo menos oito veículos não estão aptos para circulação devido a problemas mecânicos. Apenas duas unidades básicas e duas avançadas realizam o atendimento de 618 mil pessoas, que representam um quarto da população do Grande ABC.

Segundo relatos de funcionários do equipamento municipal, todos os dias, unidades básicas ou de atendimento avançado são retiradas de circulação por falhas. A cidade ficou três meses sem contrato com empresa responsável pela manutenção dos veículos. Nova licitação foi realizada e a empresa CR Service e Comércio de Produtos e Peças foi declarada, na semana passada, a vencedora. O valor total do contrato é de R$ 385 mil. A equipe do Diário esteve novamente no pátio central e flagrou ao menos oito ambulâncias paradas.

O técnico de enfermagem Francisco Aparecido de Camargo, 35 anos, morador do Jardim Rosina, sentiu na pele o que significa não ter ambulâncias disponíveis. No dia 10 de dezembro, o avô de sua mulher passou mal e, após ser acionado, o Samu levou quase duas horas para chegar ao local. No último domingo, foi o cunhado quem precisou de atendimento de urgência, e, novamente, o tempo de espera ultrapassou uma hora. “A gente confia nos profissionais, mas dá medo de ser alguma coisa grave e, quando o socorro chegar, a pessoa já estar morta”, afirmou.

A Prefeitura de Mauá afirmou, por meio de nota, que a atual gestão se deparou com inadequações em diversos contratos, dentre eles o de manutenção preventiva e corretiva de sua frota de ambulâncias, o que ocasionou em consequentes paralisações pontuais de algumas viaturas em razão de problemas mecânicos. “A Secretaria de Saúde conseguiu negociar com prestadores, que ainda mantinham serviços de manutenção em garantia, e encaminhou as ambulâncias paradas para manutenção. Desse modo, o serviço foi sendo gradativamente restabelecido e a assistência aos usuários não ficou prejudicada”, declarou o comunicado.

Segundo a administração, a frota do Samu conta atualmente com 16 ambulâncias, das quais três estão inservíveis e aguardam leilão. “Cabe ressaltar que para o funcionamento adequado do Samu são necessárias seis ambulâncias, sendo quatro unidades básicas e duas unidades avançadas. As demais ficam de sobreaviso para reserva técnica, em substituição a eventuais problemas mecânicos à frota ativa.”

A expectativa da administração municipal é a de que, após a assinatura de contrato com a empresa que vai realizar a manutenção das ambulâncias, o serviço tenha início nos próximos dias. 




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