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Consórcio tenta reverter casos de distanciamento

Secretário executivo da entidade tem se reunido com políticos envolvidos por aproximação

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
13/11/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC iniciou movimento na tentativa de reverter casos recentes de distanciamento da entidade, a exemplo de Diadema, São Caetano e Rio Grande da Serra. O secretário executivo do órgão, Tunico Vieira (MDB), tem se reunido com prefeitos e vereadores das cidades envolvidas, bem como de outros municípios que demonstram insatisfação com o andamento das demandas inseridas no contexto da regionalidade, para apagar incêndios entre as partes.

A proposta principal é retomar ideia de fortalecimento do Consórcio, a partir de nova convergência com as prefeituras, voltando a integrar projetos ao conjunto das sete cidades. As conversas se dão no sentido de resgatar diálogo. “Tiveram afastamentos muito mais momentâneos. Não vejo que foram efetivos. Estive na Câmara de Rio Grande e falei com o presidente e demais vereadores, fiz essa agenda com todos (para estreitar relação)”, pontuou Tunico, ao acrescentar encontro também em Santo André depois de ruído apresentado no Legislativo.

Diadema, por meio de decisão do prefeito Lauro Michels (PV), que contou com aval da Câmara, é a única cidade até agora que formalizou a saída do colegiado, sob alegação de problemas financeiros no Paço e falta de contrapartida de projetos – essa seria apenas a cortina de fumaça ante as desavenças particulares. A entidade entrou com ação judicial cobrando dívida referente a repasses anuais. Apesar deste cenário, o verde já fala a aliados sobre a possibilidade de retornar ao Consórcio no ano que vem.

A escolha do novo presidente da entidade será na próxima assembleia do órgão, no começo de dezembro. Os prefeitos Paulo Serra (PSDB, de Santo André) e Adler Kiko Teixeira (PSB, de Ribeirão Pires) são os mais cotados para assumir o posto no lugar de Orlando Morando (PSDB).

Diante de aprovação legislativa, São Caetano suspendeu repasses para o Consórcio neste ano, apesar da redução do percentual de contribuição – 0,17% em 2019. A medida, sancionada pelo prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), esboçou possível rompimento, não concretizado. Situação parecida com a que aconteceu em Rio Grande. De acordo com o texto endossado pela Câmara, “fica o poder Executivo autorizado a desfiliar o município do Consórcio, a qualquer momento”. O prefeito Gabriel Maranhão (sem partido) sancionou a matéria, mas disse, em entrevista, em junho, que o tempo para decisão seria o dele.

Presidente do Legislativo de Rio Grande, João Mineiro (PSDB) admitiu chance de recuo em relação ao afastamento da cidade. “Entendemos a importância de Rio Grande recompor. Nos colocamos à disposição do prefeito para recolocar em sintonia. A análise é que seria melhor Rio Grande voltar. Essa é a avaliação dos vereadores. Acredito que, se tivéssemos a oportunidade de conversar antes, isso (votação) nem tinha ocorrido.” 




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