Política Titulo Contra Bolsodoria
Deputados eleitos do PSL se juntam a Márcio França

Parte da bancada à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal ignoram ‘Bolsodoria’ em S.Paulo

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
25/10/2018 | 07:00
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Deputados estaduais e federais eleitos pelo PSL em São Paulo decidiram romper o chamado ‘Bolsodoria’, que prega o voto casado no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e para governador do Estado no ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB), e anunciaram apoio à candidatura do atual governador Márcio França (PSB).

A adesão foi formalizada na tarde de ontem, em evento com a presença do próprio governador. Deputado federal eleito pelo PSL, Coronel Tadeu leu manifesto de apoio dos parlamentares do partido que saíram vitoriosos nas urnas no dia 7. “Por um Estado de São Paulo mais forte, mais desenvolvido, mais seguro e confiável, Márcio França terá nossa total confiança. No dia 28, os deputados do PSL serão número 40 para governador e 17 para eleger Jair Messias Bolsonaro para presidente”, disse. Assinaram o documento os outros dois deputados federais eleitos do partido Abou Anni e Guiga Peixoto e os estaduais Major Mecca, Delegado Bruno Lima, Tenente Nascimento, Rodrigo Gambale e Coronel Nishikawa, de São Bernardo. “Estávamos livres para escolher qualquer nome, mas parte da bancada conversou e decidiu fechar apoio ao Márcio França, seguindo o que já tinha feito o (deputado estadual e senador eleito pelo PSL) Major Olímpio”, alegou Nishikawa.

A posição dos parlamentares eleitos em São Paulo na chapa de Bolsonaro é simbólica. Isso porque, desde que as urnas se fecharam no primeiro turno, o próprio Doria passou a pedir votos a Bolsonaro, utiliza boa parte do seu discurso na TV para pregar o chamado voto Bolsodoria e até confeccionou material de campanha específico para a dobrada.

Doria viu frustrar, em partes, sua tentativa de colar na popularidade do presidenciável, que segue isolado na liderança da corrida presidencial. Além de não conseguir vingar aperto de mãos com o presidenciável logo nos primeiros dias de campanha do segundo turno, teve de se contentar com a gravação de um vídeo em que o presidenciável deseja “boa sorte” à sua campanha, e não apoio explícito.

Em meio ao movimento de vincular a imagem de Doria à de Bolsonaro, pesquisa Ibope de intenções de voto para presidente divulgada na terça-feira mostra que o presidenciável do PT, Fernando Haddad – também ex-prefeito de São Paulo – avançou e está numericamente à frente do parlamentar na Capital paulistana: 51% a 49%, o que indica que a rejeição a Doria na cidade – o tucano renunciou ao posto de prefeito para ser candidato a governador – pode ter contaminado o desempenho de Bolsonaro no município. 




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