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Desemprego é o menor da história
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/11/2007 | 07:11
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O Grande ABC atingiu em setembro o menor nível de desemprego dentro da série histórica de pesquisas realizadas pela Fundação Seade e do Dieese (Sistema Estadual de Análise de Dados e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O levantamento tem dados disponíveis para a região desde 2002.

A taxa de desemprego nos sete municípios passou para 12,9% da PEA (População Economicamente Ativa, ou seja, o total das pessoas que estão trabalhando ou à procura de emprego). Essa taxa é bem menor que o índice de agosto, de 13,4% e inferior aos 14,9% de setembro de 2006.

Com a redução da taxa, o número de pessoas desempregadas diminuiu para 172 mil – em agosto, eram 181 mil –, apesar de a ocupação não ter crescido de um mês para outro. Pelo contrário, houve a eliminação de 5.000 vagas no mês, que foi compensada pela saída de 14 mil pessoas do mercado de trabalho.

No entanto, em relação aos últimos 12 meses, as oportunidades de emprego se tornaram bem maiores, já que atualmente há 67 mil vagas a mais que em setembro de 2006.

Já a saída de pessoas do mercado no mês passado, em vez de apontar desânimo pela dificuldade de se encontrar uma vaga, pode refletir a melhora gradual no quadro do emprego neste ano, segundo o economista do Seade, Alexandre Loloian.

Isso porque, se os pais arrumam trabalho – a pesquisa aponta que em setembro a taxa de desemprego entre os chefes de família foi a menor (7,9%) para esse mês desde 1997 na Região Metropolitana de São Paulo – e, há um aumento dos rendimentos familiares, os filhos em idade escolar podem desistir de procurar colocação por conta da melhora na condição econômica.

Ocupação - Em setembro, a indústria seguiu contratando na Região Metropolitana de São Paulo – não há dados específicos de ocupação por setor para os sete municípios, por esse levantamento.

Foram 6.000 vagas abertas no setor, o que significou uma desaceleração no ritmo, após três meses seguidos de forte crescimento.

No entanto, as vagas foram criadas em ramos industriais com forte presença no Grande ABC, como a indústria metal-mecânica (alta de 0,9%), a química e de borracha (1,5%).

Rendimento - Outro destaque positivo foi a melhora nos rendimentos médios reais (alta de 0,9%) em agosto em relação a julho, após três meses seguidos de queda. O valor médio recebido pelas pessoas ocupadas passou para R$ 1.106 na região metropolitana.

Com isso, as massas de rendimentos (renda média multiplicada pelo número de ocupados) subiu 1,2%.




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