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Mauá dobra valor de refeição em restaurante popular

Prefeito aumentou de R$ 1 para R$ 2 preço do
serviço destinado à população de baixa renda

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
19/05/2017 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


 A Prefeitura de Mauá dobrou nesta semana o preço das refeições servidas no Restaurante Popular São João. Desde segunda-feira, data em que a medida foi sancionada pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB), por meio do decreto 8.286, usuários passaram a pagar R$ 2 pelo serviço.

O reajuste, que afeta diretamente cerca de 900 usuários atendidos diariamente pelo equipamento, segundo apuração do Diário, é uma uma medida para reduzir o valor do subsídio empenhado mensalmente pela administração do município para manter a operação do serviço

A ideia é que o aumento consiga readequar os gastos à realidade econômica da cidade, já que o valor não era alterado desde 2006, data em que o espaço foi inaugurado.

Com o reajuste do preço de R$ 1 para R$ 2, Mauá passa a cobrar o mesmo valor de refeições de baixo custo oferecidas por restaurantes populares de Diadema, que também são subsidiados pela administração municipal.

No entanto, a medida vai na contramão da manutenção de valores de equipamentos que oferecem o mesmo serviço e contam com apoio do Estado e da União, como o caso do restaurante popular de Mauá localizado no Centro, o qual possuiu aporte financeiro do governo federal e mantém o preço de R$ 1 pela refeição.

Procurada pelo Diário para justificar o reajuste do serviço destinado para a população de baixa renda, a Prefeitura de Mauá não se posicionou sobre o assunto até o fechamento desta edição.

Localizado à Avenida Barão de Mauá, 4.050, o Restaurante Popular São João oferece diariamente refeição completa a baixo custo, incluindo suco e sobremesa. Além disso, o espaço promove cursos gratuitos voltados à geração de renda e ao estímulo de hábitos alimentares mais saudáveis.

No ano passado, durante a campanha eleitoral, o espaço chegou a ser fechado após o então prefeito Donisete Braga (PT) atrasar o pagamento à empresa A Melhor Alimentação e Eventos Ltda, responsável pela operação do espaço.

Na ocasião, dados do Portal da Transparência da Prefeitura apontavam dívida de R$ 646,37 mil com a empresa. O problema, inclusive, foi alvo de críticas do atual prefeito Atila Jacomussi durante a campanha. O impasse, no entanto, foi solucionado na mesma semana da suspensão do serviço.

 

Paço negocia com Estado a instalação de unidade do Bom Prato

Prometida desde abril de 2014, a instalação da primeira unidade do Bom Prato em Mauá voltou a ser tema de reuniões entre a gestão do prefeito Atila Jacomussi (PSB) e representantes do governo estadual.

No momento, segundo a Prefeitura de Mauá, “a administração analisa possíveis locais que poderiam receber o espaço para apresentar as opções ao governo estadual”. Em entrevista concedida ao Diário no fim do ano passado, Atila Jacomussi projetou a abertura da unidade para o fim deste ano.

A promessa é a de que o equipamento estadual, que fornece café da manhã a R$ 0,50 e almoço a R$ 1, seja instalado na região do Jardim Zaíra, com a expectativa de que sejam servidas 1.000 refeições diárias no local.

Na semana passada, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), também anunciou negociações com o Estado para instalar uma unidade do equipamento no município. Atualmente, somente Santo André possui o Bom Prato na região.  




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