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Malandro boa pinta
Por Gabriela Germano
Da TV Press
12/02/2008 | 07:05
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Vinicius de Moraes estava certo: “beleza é fundamental”. Pelo menos para Rodrigo Hilbert, que vive o bandido Ronildo de Duas Caras. Em 2002, na novela Desejos de Mulher, precisavam de um homem para interpretar um modelo que saísse de Santa Catarina para viver no Rio. Era praticamente a história de vida do próprio Rodrigo, que deixou a cidadezinha catarinense de Orleans aos 18 anos, para trabalhar com fotos e desfiles em São Paulo. Ele ganhou a vaga na novela, fez pequenos papéis em folhetins e só quando foi convidado para a novela de Aguinaldo Silva, sentiu que o rostinho bonito poderia atrapalhar.

“O Wolf Maya disse que a gente teria de ‘enfeiar’ o personagem. Fazê-lo com cicatriz, meio sujo e com o cabelo estragado”, conta o ator aos risos, ao lembrar das orientações dadas pelo diretor.

Feio ou não, a verdade é que o marginal vivido por ele ganhou espaço na trama. Ele morreria logo no início, mas tudo mudou. “Nem na sinopse da novela o Ronildo estava. Mas a cada bloco de capítulos que recebo, tenho novas surpresas e cenas complicadas para fazer”, valoriza.

O ator não ignora, nem ignorou as críticas que recebe desde o início da carreira. Quando pensa na primeira novela que fez, diz que não consegue entender como o escalaram. Já ao se assistir hoje, nota a melhora. “Tenho mais noção de onde devo colocar minha emoção. Às vezes acerto e em outras não”, pondera. Rodrigo já tinha feito o Murilinho, de América, em 2005, mas o próprio ator reconhece que o papel não se desenvolveu.

DUPLO IMPACTO

O destaque de Ronildo em Duas Caras foi uma surpresa e o fim trágico esperado para o personagem também será, mas foi na vida pessoal que Rodrigo Hilbert se surpreendeu ainda mais. Casado com a apresentadora Fernanda Lima, soube que seria pai de gêmeos. Os dois não planejavam ter herdeiros agora, mas receberam a notícia com alegria e uma ponta de ansiedade.

“Ao saber dos filhos a gente começa a amadurecer. Vou ter de cuidar de alguém e ser exemplo para alguém”, diz. O casal não pretende fazer cursinhos para aprender a trocar fraldas ou coisas do gênero. “Vamos deixar tudo correr naturalmente”, afirma.

Rodrigo ainda não parou muito para pensar como responderá ao assédio da imprensa na busca por fotos e informações sobre os bebês.

Apesar de assumir que tentará resguardá-los ao máximo, acha natural que queiram saber nomes, como são os rostinhos, se choram muito e por aí vai. “Ninguém vai pular o muro de casa para fazer fotos dos meus filhos. Mas se eu estiver na rua com eles, tudo bem. Com respeito tudo pode.”



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