Para o procedimento foram convidados dois veterinários argentinos (Gabriel Aguado e Eduardo Francisco), que têm experiência em aplicaçao de anestesias com etorfina em animais de grande porte. Os dois estiveram em maio no Zôo de Brasília para avaliar o caso. A etorfina foi aplicada com uma pistola com pressao suficiente para vencer o couro e os sete centímetros de gordura do animal.
Segundo o laudo dos veterinários, o hipopótamo morreu de parada cardio-respiratória. Os veterinários ainda tentaram reanimá-lo com um antídoto. Tom foi enterrado neste domingo pela manha. A morte do hipopótamo nao foi considerada um fato anormal pelos veterinários. De acordo com a assessoria de comunicaçao de Zôo de Brasília, dados do Fórum Latinoamericano de Zoológicos mostram que de cada 10 animais que se submetem a este tipo de anestesia três morrem. "Nao houve negligência, foi uma fatalidade", afirmou a assessora do Zôo, Andréa Amorim.
Serrar os dentes do animal era considerada imprescindível pelos veterinários. O crescimento acima do normal dos caninos inferiores estava ferindo os lábios e a gengiva superior. Havia o risco de uma infecçao, que poderia matar o animal. O tempo estimado do procedimento era de 3 horas. A assessoria do Zôo informou ainda que os veterinários concordaram em nao cobrar pelo trabalho, as passagens foram cedidas pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) e a etorfina foi uma cortesia do Zoológico de Sapucaia no Rio Grande do Sul.
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