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Caratê tenta popularizar modalidade no Brasil para ter sucesso no Tóquio-2010
30/10/2016 | 07:20
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Bem estruturada, com atletas que trouxeram cinco medalhas no último Pan-Americano (Toronto-2015), a Confederação Brasileira de Karatê (CBK), diferente das demais entidades novatas no programa olímpico, já pode ser considerada de grande porte, mesmo antes de ter acesso aos recursos da Lei Agnelo/Piva e fará parte do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Reconhecida pela Federação Mundial de Karatê (WKF, na sigla em inglês), a CBK possui 2.085 associações/clubes filiados, com um total de 250 mil praticantes ligados à entidade pelas suas 27 federações estaduais. Isso permite à entidade escolher os representantes do Brasil em competições internacionais, diferente do surfe e do skate, por exemplo.

"Temos aproximadamente 40 mil atletas que participam de competições em nível municipal e estadual, e, dentre eles, saem os participantes de nível nacional, que depois vão aos torneios internacionais", disse William Cardoso, diretor técnico da confederação. Parece óbvio, mas na escalada, no surfe e no skate não há essa sequência.

Antes de chegar à Olimpíada, o caratê já era modalidade pan-americana e, consequentemente, associada ao COB. Estruturada, a CBK tem comissão de 13 integrantes e a seleção brasileira é formada por 29 atletas entre os adultos e 130 nas categorias de base.

Em Tóquio, serão disputadas seis categorias de peso no kumitê (modalidade de confronto) e duas de kata (demonstração de golpes), divididas igualmente entre homens e mulheres. No ranking mundial destas categorias, o Brasil tem três Top 3.

"O trabalho de massificação do esporte não será paralisado, no entanto deveremos, juntamente com o COB, darmos uma atenção mais especial aos atletas que terão idade olímpica em Tóquio. Diversas estratégias serão traçadas entre os gestores da CBK e o COB após a eleição da entidade, que acontecerá em janeiro", disse William.

Quem também tem grandes chances de levar o Brasil ao pódio em 2020 é o surfe, cuja a entidade reconhecida pelo COB, a Confederação Brasileira de Surfe (CBS), sediada na Bahia, só organiza eventos amadores, quase todos no Nordeste. Os campeonatos profissionais são organizados pela ABRASP (Associação Brasileira de Surfistas Profissionais), a quem estão ligados nomes como Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho.

O presidente da CBS, Adalvo Argolo, garante que está na expectativa de ser contemplado pela Lei Agnelo/Piva. "Já enviamos uma carta ao COB para termos esclarecimentos sobre esse assunto e mais detalhes. Estamos no aguardo para então realizarmos um planejamento em relação ao surfe. Por enquanto tudo o que sabemos é que existe a Lei". (colaborou Cleusa Duarte, de Salvador)




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