Setecidades Titulo Santo André
Obra de hospital serve de estacionamento
Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/05/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Um estacionamento para funcionários do PA (Pronto Atendimento). Essa é a única utilidade do prédio que deveria abrigar o Hospital da Vila Luzita, em Santo André. E embora a CEF (Caixa Econômica Federal), por meio do Ministério da Saúde, tenha depositado na conta da Prefeitura, em 16 de março, R$ 50 mil para a retomada da obra, parada há cerca de dois anos, a licitação para escolher empresa que tornará isso realidade não tem previsão para ser publicada. Com isso, a estimativa de entrega do equipamento até dezembro não está garantida.

“Licitação é uma caixinha de surpresa. Pela lei, são 90 dias que teria que estar pronta, mas podem ter recurso, impugnação, não tem como dar uma data de quando termina”, comenta o secretário municipal de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte. Após reinício dos trabalhos, a previsão é a de que a obra seja concluída em até 180 dias.

O impasse ganha reforço pelo fato de a Prefeitura ainda aguardar liberação de quantia maior da União para conseguir finalizar a obra, orçada em R$ 7,5 milhões, sendo R$ 600 mil de contrapartida municipal. A Pasta de Saúde diz que os aportes seguintes serão depositados a partir das medições apresentadas e aprovadas pela CEF, mas que, independentemente disso, negocia repasse inicial superior aos R$ 50 mil encaminhados.

O prédio começou a ser construído em 2011, na gestão do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). A estrutura, hoje tomada por pichações, já consumiu R$ 3,5 milhões. Dinheiro esse que está se perdendo com o abandono. “Havia duas portas de alumínio que foram roubadas e, para fechar o buraco, colocaram tapumes. Do jeito que está a Saúde e uma obra dessa parada é revoltante”, fala a dona de casa Telma Ianelli, 44 anos.

Também vizinha ao projeto de hospital, Ilda Piva, 56, não acredita que o problema para prosseguir com a obra seja falta de dinheiro. “Pagamos altos impostos. Dinheiro não tenho eu, que estou desempregada”, queixa-se. Já a munícipe Natalina Rosa di Pacci, 85, espera ver o funcionamento do equipamento público. “Mas precisa ser logo, senão, não dará tempo”, brinca.

Conforme a Prefeitura, restam a construção de um pavimento, instalação de divisórias internas, bem como parte elétrica, hidráulica, ar-condicionado, elevador, entre outros.




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