Política Titulo Rio Grande da Serra
Ex-prefeito, Ramon Velasquez cogita prévia contra Claudinho

Petista ataca direção do PT, cobra humildade e vislumbra retornar à vida pública na cidade

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
14/12/2015 | 07:00
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Arquivo/DGABC


Responsável pela única vitória do PT em Rio Grande da Serra, o ex-prefeito Ramon Velásquez (1999-2004) cogita disputar prévia contra o ex-vereador Claudinho da Geladeira (PT) e ser o representante da legenda na corrida pela sucessão do prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) na eleição de 2016.

No início deste ano, o petismo de Rio Grande confirmou concorrência ao Paço, novamente em projeto liderado por Claudinho, que saiu derrotado – ficou em segundo lugar – do pleito de 2012 em duelo direto contra Maranhão.

O discurso do ex-chefe do Executivo, hoje assessor da Fundação Criança de São Bernardo, foi pautado em meio a inúmeras críticas à atual direção do petismo – presidido por Erick de Paula –, além do próprio pré-candidato da sigla.

“O momento no País pede diálogo junto à população. A questões como impeachment (processo aberto contra a presidente Dilma Rousseff ) que precisam ser esclarecidas. Porém, o PT de Rio Grande não está no nível da sociedade local. Por isso, ocorreram perdas de tantos filiados. Trouxe o Claudinho para o partido e hoje vejo falta de humildade nele e nos dirigentes. Desta maneira, vai perder a eleição”, pontuou. No decorrer do ano, militantes do PT local, como Michel Silveira Gato e Cida Santos, deixaram a legenda para apoiar projeto de reeleição de Maranhão.

Ramon destacou que ainda não sabe como vai se inserir no processo de escolha do candidato, mas revelou desejo de retornar à vida pública na cidade. “Estou vivo, embora o PT local me trate como leproso. Não me chamam para nada e querem me tirar da história. Tenho experiência e junto a muitos petistas fizemos um bom trabalho na cidade (entre 2001 e 2004). Poderíamos hoje estar debatendo essa vivência no diretório, mas eles não permitem. Eu não digo só por mim. Existem outros nomes com capacidade de ser o candidato da sigla”, considerou.

Ramon assumiu a Prefeitura de Rio Grande em 1999, em enorme instabilidade política, com mortes e renúncias de prefeitos à ocasião. Foi reeleito para o mandato 2001 a 2004. Depois de sua gestão, foi trabalhar em Embu das Artes e Suzano.

ENDOSSO
Ex-prefeiturável da legenda nos pleitos 2004 e 2008, Carlos Augusto César, o Cafu, também admitiu exclusão na participação do PT local. “São autossuficientes. Não me querem por perto. Eles me culparam pela eleição de 2008, que liderei sabendo das dificuldades, mas buscando marcar participação do partido”, relembrou o petista, que foi superado por Adler Kiko Teixeira (PSB) nas duas ocasiões.

Atual presidente da legenda, Erick de Paula não quis se manifestar sobre os comentários de Ramon e Cafu. “Existem outras coisas para discutir, como defesa da democracia e da presidente Dilma.” 




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