Embora a diretoria do São Paulo não esteja disposta a entrar numa briga judicial para forçar Grafite a permanecer no Morumbi, a atitude do jogador e de seu empresário, Gustavo Feijó, de entrar na Justiça para obter à força a liberação do atacante, magoou a diretoria.

“A gente está acostumado com as saídas de jogadores, é coisa do futebol, mas o Grafite foi infeliz ao dizer que não foi reconhecido e valorizado no São Paulo. Ele não é nenhum fenômeno e todos sabem de suas deficiências técnicas”, disse o presidente Marcelo Portugal Gouveia.

O dirigente são-paulino foi ainda mais longe. “Ele prestou bons serviços ao São Paulo, mas seja feliz agora. Não será difícil encontrar alguém como ele”, disparou. “No sábado, ele diz que está analisando a nossa proposta, que está em dúvida, e na quinta-feira entra na Justiça contra o clube. Isso mostra bem o caráter dele”.

A liminar concedida pelo juiz Marcos Neves Fava, da 89ª Vara da Justiça do Trabalho, será acatada pelo São Paulo. “Não temos o que fazer, a partir do momento em que ele manifestou o desejo de sair”, afirmou o vice-presidente de Futebol, Juvenal Juvêncio. “Se tudo estiver dentro da lei, não há o que contestar”, completou o supervisor Marco Aurélio Cunha.

Fabri – Rodrigo Fabri está animado com o futuro do São Paulo. “Acho que o elenco é forte e que a gente vai conseguir o mesmo sucesso de 2005, quando o São Paulo conseguiu ganhar tudo. Luta aqui não vai faltar”, garante. “A diretoria do São Paulo está trabalhando, todo mundo sabe disso, e logo teremos novos companheiros aqui no elenco. Saiu gente boa e outros virão”.