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Após promessa, Neomater segue sem pagar funcionários
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
04/05/2010 | 07:00
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Os 320 funcionários do Hospital Puer, antigo Neomater, seguem sem receber os salários atrasados. Perto do terceiro vencimento, os profissionais ainda aguardam depósitos de 50% dos honorários de fevereiro e o valor integral de março e, agora, também abril. A administração promete regularizar a situação até amanhã.

Apesar da promessa, no entanto, o constante descumprimento dos acordos tem gerado insatisfação de parte dos trabalhadores.

"Antes, disseram que até sexta pagavam e nada. Além disso, não recebemos as cestas básicas no fim de abril. O convênio médico também não foi regularizado", conta um servidor que preferiu não se identificar.

O funcionário relata ainda que enfermeiros e médicos receberam os 50% restantes dos vencimentos de fevereiro na semana passada, mas o valor não foi pago para outros setores.

"Recepcionistas, seguranças, telefonistas, administração, ninguém recebeu. E nada foi acertado com os profissionais ou combinado sobre isso. Pensamos até em paralisar os serviços", completa o mesmo funcionário.

Para acalmar a situação, a diretora financeira do hospital, Alessandra Beltran, presidiu reunião com os trabalhadores na quinta-feira. Segundo a administração, tudo foi explicado e chegou-se ao acordo de que os profissionais aguardariam o depósito até amanhã.

No entanto, o Puer não disse quantos trabalhadores receberam o restante dos salários, mas, em nota, alertou que "além de médicos e enfermagem, muitos funcionários do administrativo também foram contemplados". A administração não explicou também se todos os débitos - incluindo os benefícios - serão quitados até amanhã.

RECUPERAÇÃO - O diretor executivo do hospital, Jonce da Rosa, e a equipe administrativa do local receberam o Diário no dia 15 para falar sobre a recuperação judicial da empresa. À época, o diretor afirmou que com a desvinculação da necessidade do Puer suprir dívidas do Neomater, a administração conseguiria colocar a casa em ordem em, no máximo, 60 dias. Ainda segundo a direção, apenas os valores que entrariam em caixa a partir da decisão judicial poderiam ser usados para quitar as dívidas.

Com a decisão, os ex-funcionários da maternidade que ingressaram com ações judiciais perdem o direito de cobrar da nova administração os débitos. 




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