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‘Felizes para Sempre?’ discute relação a três
Daniel Macário
Especial para o Diário
08/02/2015 | 07:00
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Mais do que elevar o bumbum da atriz Paolla Oliveira a um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas, a série Felizes para Sempre?, que teve seu último capítulo transmitido pela Globo na sexta, colocou em pauta temas que podem render grandes debates. Se na primeira versão da história, Quem Ama não Mata (1982), o principal assunto foi crime passional – algo que estava latente na década 1980 no Brasil, sendo o caso Doca Street e Ângela Diniz o mais famoso – o autor da nova versão, Euclydes Marinho, apimentou a trama com desejos e traições.

Em média, 67 mil lares da Grande São Paulo (o equivalente a variação de 14 a 20 pontos no Ibope) se interessaram pela história da família Drummond. A série, inclusive, aproximou algumas pessoas de uma realidade vivida por muitos casais: o ménage à trois. Uma das cenas mais marcantes mostrou o casal Marília (Maria Fernanda Cândido) e Cláudio (Enrique Díaz) contratando a prostituta Danny Bond (Paolla Oliveira) para esquentar o casamento. Apesar de o ato não ter se concretizado, após a recusa de Marília, a euforia exposta pelos personagens ao ter dentro de sua casa uma terceira pessoa evidenciou o quanto aquele momento acabou decidindo a vida dos três. Psicólogo, terapeuta sexual e professor da Faculdade Santa Marcelina, Breno Rosostolato, acredita que a realidade exposta em Felizes para Sempre? é “tendência que vem se concretizando na sociedade atual”. De acordo com o especialista, muitos indivíduos não sustentam mais uma relação monogâmica.

Apesar de ser tabu para muitos casais, o ménage à trois tem conquistado adeptos que garantem que o estilo de vida não afeta sua rotina. Consultor de recrutamento de seleção, I. N. S., 22 anos, de Santo André, acredita que uma terceira pessoa não anula o amor. “Fiz a separação entre desejo e amor. Por não concordar com a traição e seus malefícios, vi na possibilidade do sexo a três a satisfação deste desejo sem prejudicar emocionalmente ninguém e ainda ter o consentimento de ambos para a participação naquela experiência. Porém, não é algo que acredito que precisa ser rotineiro.” O terapeuta Rosostolato ressalta que, para isso, ambos devem concordar com a prática. “Os casais não podem esquecer que o prazer deve ser o prazer do outro também. Nada pode ser feito forçado.”




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