Política Titulo Diadema
Maninho é inocentado por invasão de área

Presidente da Câmara chegou ser preso acusado de liderar ocupação no bairro Eldorado

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/07/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), foi absolvido de ação penal por invasão de terreno particular no bairro Eldorado, em 2008. À ocasião, o petista foi preso sob acusação de ter incitado o ingresso irregular de 100 pessoas em área localizada na Rua das Perobas.

Maninho foi inocentado por falta de provas de que tenha coordenado a ação, segundo considerou a juíza Patrícia Helena Hehl Forjaz de Toledo, da 2ª Vara Criminal de Diadema.

“Sempre acreditei na Justiça e na minha inocência, sabia que a verdade iria prevalecer. Embora tenha passado bastante tempo (seis anos), tinha confiança de que iria provar o erro do agente da lei”, afirmou Maninho, em referência ao então delegado do 1º DP, Mário Aidar Franco, que, à ocasião, determinou a prisão do parlamentar. O petista ficou 40 horas detido após testemunha ter declarado que ele havia incitado os invasores.

O chefe do Legislativo diademense não descartou processar Aidar Franco, porém sinalizou que quer deixar a situação no passado. “Vou verificar o que vou fazer. Mas não tenho ranço. Minha inocência e vitória (na Justiça) já me servem. O que não pode é permitir um agente da lei, por seu bel-prazer, prejudicar um pai de família.”

HISTÓRICO
Maninho foi preso no dia 1º de junho de 2008, após testemunha dizer que ele havia chefiado grupo de 100 pessoas que invadiu terreno na Rua das Perobas. O petista foi detido em sua residência. Além do vereador, foi encaminhado à delegacia José Francisco da Costa, conduzido sob mesma alegação – ele também foi inocentado na Justiça.

À época, Maninho foi indicado por três crimes: formação de quadrilha, constrangimento ilegal e esbulho possessório (retirada total ou parcial da posse por violência ou precariedade do setor privado). No BO (Boletim de Ocorrência) registrado pela proprietária do terreno, Maninho, José Francisco da Costa e 100 pessoas, maioria armada de facões, enxadas e foices, ocuparam a área. Eles pertenciam a movimento sem moradia da cidade.

Após ser solto, o petista alegou que foi ao local, a pedido de José Francisco da Costa, para convencer os invasores a saírem do terreno particular.




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