Integrante da executiva estadual do PMDB, o ex-prefeiturável de Santo André Nilson Bonome avalia que eventual vitória do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), ao governo do Estado em 2014, beneficiaria diretamente as gestões petistas no Grande ABC, não somente os governos dos peemedebistas Paulo Pinheiro (São Caetano) e Saulo Benevides (Ribeirão Pires).

Na ótica de Bonome, o triunfo do PMDB no Estado serviria para reproduzir em âmbito estadual a parceria entre PT-PMDB vista no cenário nacional – representada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice Michel Temer (PMDB).

“Tenho certeza que as administrações do (Luiz) Marinho (em São Bernardo), do Donisete (Braga, em Mauá) e do Carlos Grana (em Santo André) teriam um aliado de primeira hora. O relacionamento (entre os partidos) ocasionaria em muito investimento em parceria”, afiançou. “O Paulo seria um governador do Estado e não do PMDB.”

Skaf foi confirmado no sábado como pré-candidato do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes, num movimento para afastar as especulações de composição com o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) na eleição do ano que vem. Tucanos não desistiram de ter um peemedebista na vice como forma de polarizar a eleição com o PT – que vai apostar no ministro da Saúde, Alexandre Padilha –, evitando terceira via e também um segundo turno.

O nome preferido de Alckmin para aliança com o PMDB – se ela se consolidar – é o de Baleia Rossi, deputado estadual e presidente da cúpula paulista do PMDB. Baleia reforçaria o predomínio tucano no interior de São Paulo, pois tem base eleitoral em Ribeirão Preto, o que resultaria num investimento maior do PSDB na Capital.

“Não há possibilidade de o PMDB recuar no projeto de candidatura própria para o governo do Estado em 2014”, disse Bonome, presente ao congresso que aclamou Skaf como candidato. “Toda nossa estratégia (de projeto solo) foi reforçada pelo nosso líder maior, o vice-presidente da República, Michel Temer.”