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Morador quer solução para córrego
Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
04/10/2005 | 08:39
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Os moradores da Vila Bocaina, em Mauá, se dizem cansados de reivindicar em vão a canalização do córrego do bairro. Essa seria a única solução para acabar com problemas como acúmulo de entulho, forte mau cheiro e enchentes, que se agravam nos períodos de chuvas. O trecho mais crítico fica entre as ruas Elio Garboneta e 21 de Abril.

O córrego corta o bairro. Os moradores dizem que a Prefeitura realizou a limpeza das margens há pouco mais de um mês, mas o entulho começa a se acumular novamente, principalmente no lado da rua Elio Carboneta. "Aparecem muitos ratos atraídos pelo lixo. As pessoas jogam entulho nas margens, que acaba caindo na água. O rio fica tudo entupido pára. O único jeito de isso tudo ser resolvido é a canalização do córrego", acredita o pedreiro José Joaquim, 62 anos, morador da região.

Na margem oposta à que Joaquim mora, o operador de telemarketing Cláudio Aparecido, 36 anos, faz reclamações parecidas. "O cheiro aqui é insuportável, principalmente em dias quentes como esta segunda. Quando chove, o rio transborda e essa água imunda invade o quintal. Aí temos que nos preocupar em limpar esse imundície rápido e tentar evitar contrair alguma doença", conta. Aparecido também aponta a canalização como solução para a questão.

O aposentado Antenor Carlote, 65 anos, morador do bairro desde 1953, diz estar decepcionado com a forma como o córrego vem sendo tratado nos últimos anos.

"Antigamente, as pessoas se reuniam nas margens para pescar e passávamos o dia todo com os pés na água. Agora, temos que passar o mais longe possível da água e ainda tapar o nariz", diz. "Se canalizassem o córrego, pelo menos não teríamos que conviver com esse mau cheiro."

Queda – A margem do lado da rua 21 de Abril, que é coberta com cascalhos contidos por uma malha de aço, está começando a desmoronar no término da ponte da rua Bartolomeu de Gusmão. E o entulho está sendo acumulado na margem oposta. Depois da ponte, a margem está totalmente limpa, mas aí o problema é a falta de proteção nas beiradas. "Alguma criança pode cair lá, e a queda seria grande", conta o aposentado Carlote. A distância entre a margem do rio (no nível do asfalto) e o leito é de aproximadamente dois metros de profundidade. O córrego, entretanto, é bastante raso.

A Secretaria de Serviços Urbanos de Mauá informou que o córrego Bocaina foi limpo em 8 de setembro. Quanto ao problema do desmoronamento, que atinge cerca de 15 metros de extensão, a equipe de terraplenagem e drenagem promete fazer, em 15 dias, obra de escoramento com colunas de concreto. Já com relação à canalização do córrego na região, a Prefeitura informou que não há projeto para a obra neste ano. No entanto, cerca de 500 metros do córrego, na parte situada na Chácara Falchi, devem ser canalizados neste ano, informa a Prefeitura.




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