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Grupo Leforte planeja ampliar Christóvão da Gama

De acordo com o CEO Rodrigo Lopes, hospital de Sto.André deve ter investimentos; equipe será mantida

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/06/2018 | 07:20
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Divulgação


O CEO do Grupo Leforte, que acabou de assumir o controle acionário do HMCG (Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama), Rodrigo Lopes, promete investimento, ampliação e contratações para a unidade situada na Vila Assunção, em Santo André. Trata-se da primeira aquisição do grupo no Grande ABC, feita com base no potencial da região. Segundo o executivo, como parte do planejamento estratégico também estão no radar outras aquisições nas sete cidades.

O grupo não abriu o valor da operação, por questões relacionadas ao contrato de confidencialidade. Também não foi divulgado qual o percentual de participação acionária, apesar de o CEO assegurar que o Leforte assumiu a maioria. Até então, o HMCG era controlado por 83 sócios, que continuam a participar das tomadas de decisões. As negociações duraram cerca de um ano.

“Temos um projeto do grupo muito ambicioso para os próximos anos, e o Christóvão da Gama faz parte disso. Precisamos conhecer um pouco melhor os pontos fortes para motivá-los e potencializá-los, e estrategicamente entender quais áreas vão predominar. A partir daí a gente consegue desenhar um planejamento para a unidade. Mas nós acreditamos muito na pediatria e na maternidade”, afirmou Lopes. A capacidade do hospital é de 12 mil internações, 1.600 partos, 11 mil cirurgias e 204 mil atendimentos ambulatoriais anuais.

A ala de internação pediátrica do HMCG passou por recente reforma em março deste ano, na qual foram consumidos R$ 500 mil para modernizar as instalações. Como parte do interesse no crescimento da pediatria, há dois meses o Leforte adquiriu unidade que deve ser toda voltada à especialidade no bairro Santo Amaro, na Capital.

Lopes também adiantou que não devem ser feitas demissões no hospital, que possui cerca de 1.500 colaboradores mais 450 integrantes do corpo clínico. “Toda mudança gera uma saída da zona de conforto. Mas, em relação ao hospital, como eu posso cortar o corpo de assistência e enfermagem se eles vão estar atuando diretamente com o paciente? Nós estamos mais preocupados em crescer, porque essa é a forma de qualquer empresa pensar, incluindo aumentar o número de funcionários. No lugar de pensar em cortes, a gente pensa em ampliação”, disse.

Atualmente, o HMCG possui capacidade de 300 leitos, mas mantém 200 em operação. A expectativa é atingir a capacidade máxima, além de baixar custos e implantar novidades como aplicativos de check-in e agendamento on-line. “Como temos cerca de 400 leitos (sem contar o HMCG, com o qual sobe para 600), nosso tíquete de compra de medicamentos é mais baixo pelo número de procedimentos que fazemos. O gasto com medicamentos já começa a diminuir na próxima compra, porque a gente vai estar incluindo tudo numa só aquisição. Também não vamos precisar desenvolver novas questões de TI (Tecnologia da Informação) para eles, porque isso já está bem estruturado”, disse. Além disso, há a previsão de aporte de R$ 200 mil, pela antiga gestão, para reestruturar neurologia, ortopedia e clínica da dor.

O Grupo Leforte se consolidou com esta marca há três anos, sendo que a primeira aquisição foi o Instituto Paulista de Oncologia, há menos de dois anos, que atualmente é a unidade especializada na área situada no Morumbi. A expectativa de faturamento do grupo para 2018 é de R$ 700 milhões.

Outra questão que também aguarda definição é a mudança do nome do hospital, já que todos os que integram o grupo também passam a incorporar o Leforte. O grupo afirmou que isso será avaliado em momento oportuno. 




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