Em 1940, o clube chegou a ter seis estrangeiros, mas apenas cinco estiveram registrados ao mesmo tempo e no máximo quatro jogaram na mesma partida. Em 1953, foram cinco argentinos, mas nunca atuaram juntos. Desde 1993, ao menos um gringo integrou o elenco. Com a provável escalação do quinteto, o zagueiro uruguaio Diego Lugano não ficará nem no banco de reservas por imposição do regulamento.
Na escolha dos estrangeiros - que é uma coincidência histórica, obviamente -, uma delas merece destaque. Depois de ter sido afastado do clássico diante do Santos por se recusar a ficar no banco de reservas - na versão do auxiliar Pintado -, Cueva deve ganhar nova chance. Desde que sofreu uma lesão com a seleção peruana, em março passado, o meia nunca mais conseguiu reeditar as boas atuações do início do ano. Sua queda coincide com a derrocada da equipe.
Depois de sete rodadas sem triunfos, Dorival Junior deixou clara a urgência da vitória. Nos dois treinos que realizou até agora, a estratégia foi transmitida didaticamente. O novo treinador quer evitar lançamentos longos e pediu para os volantes ajudarem na saída de bola, ou seja, Jucilei e Petros vão buscar a bola com os zagueiros.
No ataque, vai utilizar duas duplas pelos lados do campo: Wellington Nem e Buffarini, pela direita; Junior Tavares e Jonatan Gomez, pela esquerda. Quer o centroavante Lucas Pratto fixo, dentro da área, sem sair para armar o jogo como fez nas partidas anteriores. Em vários momentos, reforçou a confiança na qualidade do grupo e pediu o fim das chegadas e saídas para fortalecer o grupo.
Pela mudança de treinador e pela posição alarmante na tabela de classificação, os jogadores deram um caráter decisivo para a partida diante do lanterna. "Será o jogo da nossa virada", disse Petros. "É o momento para começar a nossa virada na competição", completou Lugano.
O lateral-esquerdo Junior Tavares confirmou a mudanças no astral, mas relativou o alcance das mudanças. "É muito cedo para falar em mudança, ainda não jogamos com ele. Mas chegou com espírito novo e nós, jogadores, estamos muito motivados com comissão nova", afirmou.
Todos pediram o apoio e a presença da torcida que, até esta quarta-feira, não parece ter atendido aos apelos. Somente 11 mil bilhetes haviam sido comercializados. O número é bem modesto em relação à média no torneio (27 mil) e bastante inferior ao do Campeonato Paulista, quando o clube atraiu 33 mil por partida, a maior da história.
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