Setecidades Titulo São Bernardo
Edifício Senador atrai curiosos

Quem passa pelo prédio que desabou não deixa de observar o estrago

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
16/02/2012 | 07:00
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"É impossível passar aqui e não olhar o estrago." Foi assim que o atendente de telemarketing Edvaldo Paiva, 50 anos, definiu a curiosidade gerada pelo desabamento parcial do Edifício Senador, na região central de São Bernardo. Parte das lajes do prédio de 13 andares desabou na noite do dia 6, causando a morte da menina Júlia Moraes, 3 anos, e da enfermeira Patrícia Alves Farias de Lima, 26. Outras seis pessoas se feriram. A edificação está lacrada e aguarda laudo que apontará o futuro da estrutura que restou.

Enquanto isso, quem passa pelo cruzamento da Rua Jurubatuba com a Avenida Índico se surpreende. Mesmo aqueles que têm pressa não deixam de olhar para cima. "A gente acha que prédio é uma coisa segura, não imagina que isso vai acontecer", disse Paiva, enquanto fotografava o estrago causado pela queda com seu celular.

O aposentado Espedito Tavares dos Santos, 55, que mora em Diadema, parou para conferir o concreto pendurado e as portas fechadas da lanchonete que funcionava no local. "Meus filhos frequentaram a pediatra nesse prédio até os 15 anos. Depois do que aconteceu, não entro mais aí, nem se reformarem."

A opinião unânime entre os ouvidos pelo Diário é de que o edifício deve ser demolido. "Não dá para confiar. As pessoas não vão se sentir seguras para entrar de novo no prédio", afirmou a dona de casa Janaina Viana, 25, que passava pelo local acompanhada do filho Miguel, 1 ano e 5 meses e alheio à comoção causada pelo desabamento.

Porém, a decisão final sobre o futuro da edificação só será tomada quando o IC (Instituto de Criminalística) finalizar o laudo, o que deve ocorrer em cerca de 20 dias. Será o documento que apontará as causas do acidente. Uma explosão e queda de caixa-d'água estão descartadas pela polícia. A principal suspeita é de que haja infiltrações e vazamento de água no prédio.




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