Para tentar driblar protestos marcados para quinta-feira, os vereadores de Diadema decidiram convocar sessão extraordinária hoje, às 10h, para revogar oficialmente o aumento dos salários parlamentares em 49%, percentual que seria aplicado a partir de 2017.
A decisão foi tomada ontem, ainda pelo presidente em exercício Talabi Fahel (PR), em consonância com os demais integrantes da mesa diretora. Houve pouco debate com a Casa e aval feito às escondidas. Tanto que, no site oficial do Legislativo, a sessão não foi publicada para população.
Nem todos os vereadores participaram da reunião que determinou a convocação dos trabalhos em caráter excepcional. Os que não estavam na Casa receberam, à noite, notificação da mesa diretora, com convocação para a sessão de hoje pela manhã. Funcionários do Legislativo não foram avisados.
A mesa decidiu que a sessão extraordinária para votar revogação do aumento salarial seria a melhor saída para atenuar protestos populares agendados para quinta-feira. A manifestação está marcada desde a instituição da majoração salarial, aprovada no dia 16, de forma unânime e às pressas pela Câmara, antes do recesso parlamentar de meio de ano.
Há três semanas, vereadores autorizaram a alta dos vencimentos, de R$ 10.192,10 para R$ 15.193,27, com impacto anual de R$ 1,26 milhão. Parlamentares defenderam o reajuste até semana passada, quando o Diário estampou em sua capa foto, telefone e e-mail de todos que aprovaram a majoração salarial. Com temor de prejuízo eleitoral, todos recuaram.
Organizadores do protestos ouvidos pela equipe do Diário garantiram que o ato está mantido para quinta-feira, independentemente da decisão da Câmara em revogar o aumento.
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