O segundo semestre letivo começou e parte dos alunos da rede municipal de ensino de São Bernardo segue sem os uniformes prometidos pela Prefeitura. Problemas com a empresa vencedora da licitação fazem com que não haja nem mesmo previsão para a entrega.

Mães da Emeb Candido Portinari, no bairro Nova Petrópolis, demonstravam ontem revolta com o atraso. Foram as mesmas que há cerca de um mês reclamaram da numeração superestimada para as crianças de 4 e 5 anos que freqüentam a escola.

A Mercosul, empresa que faturou R$ 11 milhões com a licitação, encaminhou roupas feitas para pré-adolescentes foram encaminhadas em junho. A troca prometida não se concretizou até agora.

A dona-de-casa Telma Cardoso, 49 anos, é avó de um aluno e não se conforma com a situação. "Como podem errar desta forma o tamanho da roupa de uma criança?"

No fim do primeiro semestre, a encarregada de administração Rita de Cássia Muniz Ramos Borelli, 35, se dizia insatisfeita por ter de gastar dinheiro do próprio bolso para mandar o filho bem vestido à escola. Ontem, lamentava a falta de previsão para a entrega. "A gente liga para ter esclarecimentos, mas não há resposta", explica.

A promessa de que haveria uniforme é o que mais incomoda a dona-de-casa Fabíola Salera, 23 anos. "É revoltante, por sabermos que até há roupas, mas que não são utilizadas por um erro básico", aponta.

A Secretaria de Educação e Cultura afirma que tem cobrado a vencedora da licitação para que regularize o mais breve possível a entrega dos uniformes. A resposta passada pela empresa é de que as numerações faltantes já estão sendo confeccionadas.

Por causa dos problemas com atraso e entrega incorreta, a Prefeitura diz que aplicará à empresa as penalidades cabíveis dentro do contrato firmado.