A história se repetirá hoje, a partir das 13h, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Pela quarta vez em fases finais de Copas do Mundo, Brasil e Chile estarão frente a frente, mas, após 90 minutos, apenas um dos países seguirá adiante no torneio.

O histórico do duelo sul-americano tem ampla vantagem dos brasileiros, que venceram na semifinal de 1962, em território chileno, por 4 a 2, e nas oitavas, tanto na França, em 1998 (por 4 a 1), como na África do Sul, em 2010 (3 a 0). No entanto, o rival chega com plenas condições de despachar o anfitrião, após ter mandado de volta para casa a atual campeã Espanha na fase de grupos.

O técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari exalta o poderio do adversário, considerado previamente o único que o comandante não queria ter no caminho do Brasil. Quis o destino que justamente o contrário acontecesse e, após 90 ou 120 minutos, uma página na história será escrita. “Taticamente, o Chile é muito evoluído, organizado e, se não formos corretos, poderemos ter dificuldade muito grande e até mesmo não passar desta fase”, destacou o comandante da Seleção.

De ambos os lados do do campo muito se fala que estes dados estatísticos são válidos apenas para imprensa e torcedores. “Este time que está aí não é o de 1962, 1998... Este é o de 2014. Não nos interessam (os números)”, disse Felipão. Mas o fato é que os chilenos estão engasgados com os brasileiros e nada melhor do que dar o troco de 1962 e derrotá-los em casa.

“Nós, chilenos, temos um histórico muito negativo que devemos deixar para trás. Este grupo está convicto de que pode ganhar. Estamos trabalhando com muita intensidade e esta é uma oportunidade de mudar uma história que não tem sido positiva para nós”, afirmou o lateral Mena. “Vamos tentar enfrentá-la com a valentia e convicção desta equipe. Respeitamos muito, mas, sem dúvida, tentaremos atacá-la com nosso esquema”, emendou o técnico Jorge Sampaoli.

David Luiz é dúvida de última hora na zaga brasileira

O técnico Luiz Felipe Scolari ganhou um problema na véspera da partida contra o Chile. Depois de abandonar o coletivo de quinta-feira com dores na região lombar, o zagueiro David Luiz não participou do trabalho recreativo realizado ontem pela Seleção Brasileira no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte – a atividade seria no Estádio Independência, mas foi transferida. O defensor participou do trabalho tático, mas depois foi poupado do rachão e encaminhado a clínica na capital mineira para realizar ressonância magnética.

Nenhuma lesão foi constatada, mas o atleta disse no retorno ao hotel que ainda sente fortes dores e sua presença em campo é dúvida. Caso o diademense não possa jogar, a primeira opção é Dante. Outra incerteza é na lateral direita, entre Daniel Alves e Maicon. “O time está montado, estou decidido, mas amanhã (hoje), quando chegar a hora, vai estar lá: fulano de tal. Temos 23 e destes escolheremos 11”, despistou Felipão, ontem.

Se estas mudanças são possibilidades, outra é certa no time titular verde e amarelo. O volante Paulinho perdeu posição para Fernandinho após atuações abaixo do esperado nos três primeiros jogos da Copa do Mundo. Seu substituto, que anotou um gol diante de Camarões, chega com moral e distribuiu sorrisos no descontraído rachão de ontem à tarde, vencido pelo seu time.