O técnico da Bélgica, Marc Wilmots, esquivou-se como pôde do polêmico pênalti marcado a favor do Brasil na abertura da Copa do Mundo contra a Croácia, na Arena Corinthians. Porém, o comandante deu a entender que não concordou com a infração vista pelo árbitro japonês Yuichi Nishimura.

“Não preciso comentar nada. Todos vocês, assim como eu, têm dois olhos e puderam ver o que aconteceu ontem (quinta-feira). Dito isso, não tenho mais nada para falar”, afirmou Wilmots, em entrevista coletiva concedida após o treino de ontem em resort, localizado em Mogi das Cruzes, São Paulo.

O técnico, inclusive, já esteve envolvido com um erro de arbitragem em partida contra o Brasil. Em 2002, nas oitavas de final da Copa da Coreia e Japão, Wilmots – que era atacante da Bélgica – fez o gol que teria aberto o placar, mas o juiz jamaicano Peter Prendergast assinalou uma falta discutível do então atacante em Roque Júnior. A partida continuou e a Seleção Brasileira eliminou os belgas por 2 a 0, levando o título daquele Mundial.

FAVORITISMO

Com campanha invicta nas eliminatórias europeias, a Bélgica é tida como a equipe mais forte do Grupo H. Rússia, Argélia e Coreia do Sul completam a lista.

Porém, o meia do Porto Steven Defour descartou o clima de empolgação e quer manter a continuidade. “Nós temos tranquilidade em relação à expectativa que foi criada pelos jornalistas e pelos torcedores. Não podemos nos empolgar. Vamos apenas repetir o que foi feito até aqui”, disse.

O goleiro Thibaut Courtois, do Atlético de Madrid, mostrou ter conhecimento sobre os adversários na primeira fase. “A Argélia tem jogadores de qualidade que atuam na Espanha. A Coreia do Sul é muito rápida e pode surpreender. Já a Rússia é, talvez, nosso principal adversário. É um time forte fisicamente”, analisou.

O primeiro compromisso dos belgas está marcado para o dia 17, às 13h, contra a Argélia, em Belo Horizonte.