Projeto de lei do vereador de São Caetano Cidão do Sindicato (Solidariedade) propõe que não sejam cobradas tarifas de ônibus em dia de eleição e no Dia do Trabalho, em 1º de maio. O projeto ainda precisa ser avalizado pelas comissões internas da Câmara para ir à votação, mas a tendência é que o texto seja considerado inconstitucional ao causar impacto aos cofres públicos.

Para propor o passe livre em dia de votação, Cidão alega na justificativa da propositura que, quando os eleitores vão às urnas, “um contingente considerável de pessoas utiliza os ônibus para ir até as seções exercer o seu direito de voto”. Quanto às isenções no 1º de Maio, o parlamentar sustenta que “seria uma forma de cortesia, recompensa a quem tanto faz pelo desenvolvimento do País e que deveria ser beneficiado pelo menos nessas datas com o transporte gratuito”.

Sobre o impacto financeiro causado pela proposta, Cidão sugere que a empresa que administra os coletivos da cidade “absorvam (as tarifas) com grande naturalidade”. “Acho que eles (a companhia que opera o transporte em São Caetano) ganham muito na cidade, até porque a passagem aqui, levando em consideração o território – a cidade possui extensão de 15 quilômetros quadrados –, é uma passagem muito cara. Assim como na maioria das cidades do Grande ABC, a passagem praticada é de R$ 3, independentemente do tamanho do município.

“Tudo o que você faz em prol da sociedade, se for conceder algum benefício diferenciado, 99,9% tem impacto financeiro. Porém, a gente pode procurar alternativas para que a cidade possa absorver essas questões”, frisou o parlamentar.

PASSE LIVRE
A liberação das catracas foi o pano de fundo das manifestações de junho do ano passado. O Movimento Passe Livre levou milhares de pessoas às ruas da Capital e da região para pedir a redução das tarifas de ônibus e de Metrô. Os protestos deram origem a movimentos semelhantes em todo o País e evitaram aumento das passagens em diversos municípios brasileiros.

Recentemente, o transporte de São Caetano também foi tema abordado pelo vereador Fábio Palacio (PR). O republicano sugeriu que o contrato entre a Prefeitura e a Vipe (Viação Padre Eustáquio) está irregular, já que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) condenou a licitação na qual a empresa foi habilitada e o município não realizou outra concorrência.