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Parada Gay celebra 10 anos em Sto.André

Evento, realizado ontem, reuniu cerca de 1.000 pessoas e percorreu ruas do bairro Jardim

Por Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
02/06/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Bandeiras, fantasias e adereços coloriram a 10ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Travestis) de Santo André, que ocorreu ontem na cidade. Cerca de 1.000 pessoas, segundo a organização do evento, acompanharam dois trios elétricos e um carro de som, que percorreram a Avenida Dom Pedro II até a Rua Padre Vieira, no bairro Jardim, onde foi realizado show de encerramento no fim da tarde.

O tema dessa edição foi Dez Anos de Luta pela Igualdade no Enfrentamento da Homofobia. O presidente da ONG ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), Marcelo Gil, comemora os êxitos obtidos em uma década. Ressalta, no entanto, que ainda há muitas conquistas a serem alcançadas. “Nossa principal luta, agora, é para que cada prefeitura na região tenha uma coordenadoria LGBT. Queremos políticas públicas de Educação, empregabilidade, Saúde e moradia mais efetivas. Temos de sair do papel.”

Entre as recentes vitórias, de acordo com Gil, está o Show da Diversidade, que acontecerá sempre no último sábado do mês, das 16h às 20h, no saguão do Teatro Municipal de Santo André. A ação tem parceria da Prefeitura.

A parada contou novamente com o apoio do 10º Batalhão da Polícia Militar, que garantiu a segurança da festa. Tudo bem diferente do primeiro evento, em 2005, quando houve confronto com policiais.

Cerca de 15 integrantes da ONG IFMSA (Associação Internacional dos Estudantes de Medicina), todos alunos da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), distribuíram preservativos para o público. Com um pepino, mostravam de modo descontraído como utilizá-lo corretamente. “Muita gente não usa camisinha porque não sabe colocá-la direito. Se pudermos perder cinco minutos para talvez mudar a vida de alguém para sempre, já teremos alcançado o objetivo”, diz a estudante do quarto ano de Medicina Bruna Cappellano, 23 anos.

O operador de telemarketing Felipe Favaro, 22, acompanhou com as irmãs a primeira edição da Parada do Orgulho LGBT de Santo André. “Muita coisa mudou. Tinha mais preconceito antes. (<CF51>O evento</CF>) é festa, mas também serve para lutar pelos direitos, como o de adotar uma criança.”

Para Ariane Paixão, 17, tudo era novidade. “ Tinha curiosidade. Ainda existe muito preconceito, principalmente entre as pessoas mais velhas”, diz. 




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